domingo, 31 de agosto de 2008

Bebeto Alves


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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Esquetes

O Grupo OFICINA de Teatro de Pelotas apresenta sua demonstração técnica, com os alunos do 1º semestre de 2008, com a monitoria dos atores Laerte Pedroso e Rafael Barbosa, o grupo monta 4 esquetes teatrais:


O Crime” Da obra de homônima de Cristhian Gurtner, um triangulo amoroso, confusos e inseguros, entram em conflito após um roubo, criando um impasse ético. O autor recria um clima de traição em meio a um jogo onde vence o mais esperto.


“A Família Perfeita” Texto de Laerte Pedroso apresenta uma família em conflito, quando a mãe Maria Eugênia avisa os demais que receberá para o jantar, o seu chefe, onde pretende convence-lo a lhe dar uma nova promoção dentro da empresa, e com isso, necessita que sua família mantenha-se apresentável, no (quase) perfeito jantar.


“Jingobel” De Cláudio Simões, o esquete traz à cena uma mulher abandonada pelo amante na noite do natal onde mora com sua mãe inválida. Elisa então, calça com uma arma, um rapaz que bate a sua porta para pedir informações de um endereço no prédio, e um crente que nesse dia distribui pela cidade mensagens de boas novas, são obrigados a passar a noite de natal com ela.


“Antonio meu santo” Com adaptação da literatura de cordel, o esquete mostra o desespero de 4 solteironas em meio aos 41 graus de calor absoluto em Planaltino, cidade do interior baiano, as dificuldades do dia-dia, da vida das pessoas importantes da cidadezinha, tudo em meio a semana de aniversário de Santo Antônio, onde a trezena e a novena é uma constante, para que possam encontrar um marido.



Elenco:


Adalberto Tolentino, Alex Cruz, Anizie Vieira, Carolina..., Dagma Colomby, Fátima Alves, Francesca Ferraz, Gabriel Larrosa, Gitana Keiber, Laríssa Rosado, Marcela Busetti, Miguel Ávila, Patrícia Rosa, Patrícia Lazaretti, Ricardo Conter, Tecy Jr e Volney Terres. (figurinos da família perfeita foram concebidos por Willian Barros).

A coordenação é do diretor teatral Flávio Dornelles, que viabiliza a demonstração para que os novos atores em formação possam apresentar seus conhecimentos em montagens “in Process”, e a ter o primeiro contato com o público. O grupo está com inscrições abertas para o 2º semestre (limitadas), de 07 a 12 anos turno da tarde, e adultos á noite. Mais informações pelo fone 91356130. O apoio cultural da Cia. Cem Caras de Teatro do Cefetrs.



Dia: 30.08.08

Local: auditório do Cefetrs

Ingresso: R$ 3,00

Horário: 20h30min.

Tirinhas e Tiradas

Recomendo! Para quem curte HQ e humor inteligente, tem muito disso no site Vida Besta, assinado pelo quadrinhista Galvão. :) Sugestão dada inicialmente pela Karinex, no Plurk, e aceita!


terça-feira, 26 de agosto de 2008

Quarta Mix

Nesta quarta rola mais uma edição da Quarta Mix na Baiúca Brasil, rua Três de maio 626 (a uma quadra do campus II da UCPel). Telefone 8119-0310.


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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ainda Orangotangos

Estréia nesta sexta-feira nos cinemas da capital gaúcha o longa-metragem Ainda Orangotangos - o primeiro gravado em plano-seqüência no Brasil - com direção de Gustavo Spolidoro. Ainda não há previsão de estréia no interior. Mais informações e curiosidades no site do filme, e em breve também aqui.



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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Horário Eleitoral



O horário eleitoral é um "quadrinho" mesmo. E um quadrinho repetido.
Haja clichê, gerúndio e ingenuidade!


Publicado originalmente em: http://rafaelsica.zip.net/

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Interlúdio


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No ritmo da bola

Músicos pelotenses começam a disputar neste domingo o Futbandas

Com cavaquinho, pandeiro, gaita, guitarra ou violão nas mãos eles se garantem. Mas como será que irão se sair com a bola no pé? A resposta deve aparecer na primeira rodada do Futbandas, campeonato de futebol de salão que começa a ser disputado por bandas pelotenses neste domingo.

O torneio é amador, mas a regra é clara: só músicos podem participar, com exceção de quem ocupar a posição de goleiro - aí valem até os desafinados, desde que sejam bons de defesa.

Embora o pagode sera o ritmo mais tocado pelos inscritos até agora, a competição músico-desportiva será eclética com espaço para sambistas, roqueiros, nativistas... O Grupo Querência, aliás, é apontado como favorito pelos adversários, que apostam no desempenho deles quando trocarem as pilchas e botas campeiras pelas chuteiras. "Eles inscreveram 10 atletas, tem um time inteiro de reserva!", brinca Fábio Saraiva.

Mas, como os gaudérios não estão afim de entrar em quadra "de salto alto", passam a bola do favoritismo adiante. "O Fábio organizou o campeonato e uma 'seleção' de craques pra disputar. Não vai entrar pra perder", retruca o acordeonista Luis Carlos Garcia.

Às vésperas da primeira rodada o clima é de brincadeira, mas tem bandas que estão levando a sério essa história de bancar os craques, e a rotina que antes só tinha ensaios, agora inclui treinos e preparo físico. Eles não escondem que junto com o espírito de confraternização há também muita competitividade. Sambaêh e Sensasamba chegaram a marcar até amistosos para pegar "ritmo de jogo".

Como só o que não vale é gol de mão e chute nas canelas, a Artmanha vai apelar para os poderes sobrenaturais: o mágico Thélvis - que só para posar para foto fez questão de dar uma prova de suas habilidades, e porque não dizer artimanhas, com fogo - disse que não vai poupar esforços nem truques na disputa. Tudo para tentar levar o prêmio de 10 horas no estúdio André Lufema, mais jantar na Pizzaria Terraço e uma caixa de cerveja para comemorar, além de um troféu de campeão pra lembrar o feito. O segundo colocado também ganha troféu e cerveja, como prêmio de consolação.

O campeonato será disputado por chaves em jogos de 30 minutos. A primeira rodada é neste domingo e as finais estão marcadas para o dia 1º de setembro.

Façam suas apostas, organizem suas torcidas porque o show, digo, o jogo, vai começar. O único inconveniente para o torcedor vai ser gritar da arquibancada o nome dos times porque alguns, além de complicados de escrever são difíceis de pronunciar.


Equipes confirmadas na disputa

Agora é pra valer; Sensasamba; Ugly People; Vem Sambah; Produção Fonográfica da UCPel; Emerson Nunes & Banda; Kenticonvido; Grupo Nuança; Pagode Beer; Jeff e Banda; Grupo Querência; Sambaê; Banda Largah; Aloísio Rochemback e Fábio Saraiva; Artmanha; Banda do 9º Batalhão; Kanto Livre e Kay no Samba.

* Outras bandas interessadas em participar podem se inscrever até hoje pelo telefone 8405-1390 (só poderão ser incluídas nas chaves se o número de inscritos completar múltiplos de quatro).


Confira o calendário de jogos e prepare sua torcida!

Eliminatórias

Dias 24 e 25 (domingo e segunda-feira) e 31 de agosto (domingo)

Finais

Dia 1º de setembro (segunda-feira)

Os jogos marcados para os domingos irão ocorrer no Ginásio de Esportes Zecão (Avenida Fernando Osório, próximo à Gelei), a partir das 15h.

As partidas programadas para as segundas-feiras serão disputadas no Clube Brilhante, com início marcado para as 20h.

A entrada é franca.


Texto: Bianca Zanella | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Página 7 | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 21 de agosto de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Para evitar que a casa caia

Nativistas se mobilizam para organizar show em benefício do pagamento das dívidas da União Gaúcha

Um abrigo para a cultura sulina, palco de lançamento e projeção de grandes nomes da música nativista, refúgio da história. A sede do CTG União Gaúcha João Simões Lopes Neto está prestes a ruir no terreno instável das dívidas, mas à entidade - que já foi casa de tantos - não faltam ativistas para segurar suas estruturas.


Sensibilizados com a situação que coloca em risco um dos mais importantes centros de tradicionalismo e preocupados em manter a União Gaúcha em atividade, músicos nativistas estão mobilizados para ajudar o CTG a colocar as contas em dia. A maior parcela é devida ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) e se refere ao pagamento de direitos autorais por execução pública de obras musicais. Curiosamente, os músicos pretendem ajudar a arrecadar fundos para pagar... os próprios músicos. Assim eles esperam afastar de vez o fantasma da hipoteca.

A idéia partiu da MP Promoções, responsável por empresariar músicos do porte de César Oliveira e Rogério Melo, que propôs à patronagem do CTG a organização de um show em que a bilheteria seria revertida para o pagamento da dívida. "Essa situação que estamos acompanhando nos jornais me deixa triste, e não acho que seja difícil reunir pessoas interessadas em ajudar. Há muita gente que se importa com isso", afirmou o produtor Pierre da Luz.

Segundo informações do vice-patrão Jamir Rodrigues a dupla de cantores teria manifestado interesse em participar da bailanta, assim outros músicos "da casa" como Fabrício Marques, Rui Carlos Ávila, Robledo Martins e Joca Martins. Até o momento, no entanto, nenhuma das atrações foi confirmada. "Ainda estamos em fase de organização para estruturar o projeto", informou o porta-voz do CTG. A previsão é de que a festa - ou as festas, pois talvez sejam realizadas duas, uma em setembro e outra em novembro - siga os moldes do extinto Gente da Terra, que reuniu vários nomes da música nativista anos atrás no salão de baile.

Rui Carlos Ávila era um desses nomes, e por isso mesmo foi um dos primeiros a se manifestar a favor da iniciativa. "Tocar na União Gaúcha foi um grande momento da minha carreira. Esse foi um espaço que se abriu para os músicos da região, acho justo que eles agora ajudem a resolver essa situação", disse.

Pelas contas dos organizadores, se além da mobilização dos músicos o público comparecer em peso e empresários contribuirem para custear o show, a bilheteria do evento seria suficiente para recuperar a saúde financeira da entidade. "Qualquer forma de apoio é bem-vinda", destaca Pierre da Luz. "Se não der pra arrecadar todo o valor, pelo menos vamos poder tentar um parcelamento", diz Jamir Rodrigues. Interessados em colaborar com o pagamento das despesas, como o transporte, hospedagem e alimentação dos músicos, ou artistas dispostos a participar do show podem entrar em contato pelo telefone 8124-0161.

Em tudo isso há porém um ponto polêmico: os músicos irão se apresentar de graça, mas, abrir mão do cachê irá significar também abrir mão de receber os direitos autorais referentes à execução das músicas nesse show ou a cota seria incluída no orçamento de despesas? Para Pierre a decisão vai depender do bom senso do Ecad. "Os artistas certamente não irão se importar de não receber direitos autorais por este show, mas esse problema é mais burocrático, não depende somente da vontade deles. Temos que ver se o Ecad vai ceder", afirmou. O cantor Rui Carlos Ávila, no entanto, chama a atenção para a diversidade de autores do repertório nativista. Na opinião dele essa liberação não é tão certa: "Os músicos que irão se apresentar cantam músicas de outros compositores, de outras partes do Estado. Eles têm o direito de receber do Ecad e isso deve ser respeitado", defendeu.


Segundo leilão não se realiza por falta de compradores
(Ivelise Alves Nunes)

Pela segunda vez em 16 dias o mesmo motivo impediu a venda pública da União Gaúcha João Simões Lopes Neto: a falta de interessados na compra do imóvel. O leilão ocorreu na última segunda-feira e, conforme o advogado da entidade tradicionalista, Romualdo Cunha, com isso se abre um novo canal para a patronagem negociar a dívida, hoje avaliada em R$ 22 mil, com o autor da cobrança, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). “Ninguém vai se arriscar em comprar uma área e correr o risco de perdê-la mais tarde”, afirma o advogado.

Ele explica que também aguarda o julgamento do embargo de terceiro solicitado pela prefeitura de Pelotas no dia 4, quando ocorreu o primeiro leilão. O Ecad cobra da União Gaúcha dívida referente ao não-pagamento dos direitos autorais pela execução de músicas em eventos realizados entre os anos de 1999 e 2000. O valor inicial do débito era R$ 8,6 mil.

A prefeitura de Pelotas se envolveu no caso porque a área onde está localizada a sede da União Gaúcha (na avenida Ildefonso Simões Lopes) foi doada pelo município através da Lei 611 de 15 de dezembro de 1955, com aprovação da Câmara de Vereadores. O documento deixa claro que o terreno deve ter, exclusivamente, a finalidade de assentamento da entidade tradicionalista e ao sair dessa esfera tem de retornar ao patrimônio público. O processo judicial começou a tramitar em 24 de maio de 2004.


Texto: Bianca Zanella e Ivelise Nunes | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 20 de agosto de 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

Em nome das cifras

Pode até ser que você nunca tenha ouvido falar nessa sigla, mas certamente já pagou por ela, ou deixou de pagar mesmo sem saber. Toda vez que uma música é executada publicamente, não importa se por gravação ou por som ao vivo, cabe ao Ecad cobrar os direitos autorais sobre o uso da obra.


Previsto pela Lei 5.988/73 e mantido pela Lei 9.610/98 - atual Lei dos Direitos Autorais (LDA) - o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) representa dez associações privadas de músicos e compositores, e é o único órgão autorizado a arrecadar, distribuir e fiscalizar o pagamento de direitos autorais no Brasil.

Em seu último compromisso oficial antes de deixar o cargo, o então ministro da Cultura Gilberto Gil participou da abertura do Fórum Nacional de Direito Autoral, realizado no Rio de Janeiro no final do mês passado. Na ocasião, Gil defendeu a revisão da lei de 1998. O encontro não deixou como resultado nada conclusivo, mas deu novo ânimo ao debate sobre os critérios, a eficiência e a transparência do sistema adotado para gerir os direitos autorais no País. A discussão é antiga e o tema não escapou de reclamações nem mesmo do autor de uma das canções mais executadas da história fonográfica mundial. “Quando eu faço show é porque eu tô precisando de dinheiro. Não dá pra se manter com direitos autorais, não dá”, queixava-se Tom Jobim, que apesar da obra-prima Garota de Ipanema nunca pôde se aposentar.

E se os grandes reclamam, imagine os compositores de menor expressão. A assembléia do Ecad é integrada em tese por compositores, mas na prática também por representantes de gravadoras e editoras de música, com grande poder para influenciar nas decisões - especialmente na tabela de divisão da arrecadação (veja quadro na página 11). O peso do voto é proporcional ao montante recolhido por cada uma das dez associações. Atualmente, lideram as votações as poderosas União Brasileira de Compositores (UBC) e a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus), que têm como filiados grandes nomes da MPB e detêm cerca de 38% do recolhimento total cada uma, segundo reportagem da revista Carta Capital de junho deste ano.


A caixa-preta

Enfraquecidos diante da gigante instituição, muitos compositores se unem ao coro dos insatisfeitos. As cobranças por uma prestação de contas mais clara, revisão da tabela de preços e dos critérios de arrecadação vêm de todos os lados: dos músicos, dos promotores de eventos, dos empresários do ramo da radiofusão, dos usuários comuns. O grande problema é: reclamar pra quem?

Para a produtora cultural Beatriz Araújo, já está mais do que na hora de o Governo Federal intervir para tornar mais transparente a arrecadação e o repasse dos direitos autorais. “É preciso barrar essa atuação voraz.”

O Brasil é um dos raros países do mundo que concede monopólio legal para a gestão coletiva das obras musicais sem prever qualquer tipo de supervisão do Poder Público.



A centralização é justificada como tentativa de evitar cobranças duplas, mas não impede, por exemplo, que autores não-filiados às sociedades protegidas pelo órgão cobrem, por si só, seus direitos autorais. Como a lei faculta ao autor esse direito, usuários quites com o Ecad correm, sim, o risco de ser surpreendidos por cobranças diretas dos compositores. Na interpretação do advogado Vilson Farias, o autor poderia, nesse caso, mover ação de cobrança contra quem utilizou a música, e contra o Ecad - por enriquecimento ilícito por efetuar cobrança indevida, sem a legitimidade do verdadeiro “dono” da música. “A institucionalização do Ecad atropela vários princípios legais”, afirma.


As associações se defendem, torcem o nariz para o que chamam de intervencionismo estatal, dizem que é uma tentativa de volta aos tempos da ditadura e lembram que foi o próprio Conselho Nacional de Direito Autoral (CNDA), criado durante o regime militar, quem centralizou nos anos 70 todos os poderes sobre os direitos autorais nas mãos do Ecad, e com esses argumentos resistem à fiscalização.

O Ministério Público alega não poder intervir porque o assunto envolve interesses individuais, embora o promotor Paulo Charqueiro admita que a ação do Ecad prejudica o acesso dos cidadãos à cultura.


O caso na justiça

Atualmente, tramitam na Comarca de Pelotas 35 processos judiciais envolvendo o Ecad, a maioria referente à execução de dívidas. Um desses processos resultou na penhora da sede da União Gaúcha João Simões Lopes Neto. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido julgado o pedido de impugnação do leilão do terreno que serve de sede ao CTG, marcado para amanhã. Como o imóvel pertence ao patrimônio público e foi cedido exclusivamente para atividades da sociedade nativista, a transação comercial é controversa. “A União Gaúcha não está à venda”, ressalta o vice-patrão Jamir Rodrigues. “Além do mais, pelo contrato de doação, a única coisa que o comprador poderá fazer é ceder o terreno novamente para o CTG. Se não for assim ele deve retornar à posse do Poder Público”, confirma o advogado de defesa Romualdo Cunha.

Um acordo firmado entre o Movimento Tradicionalista Gaúcho e o Ecad garante aos CTGs, desde 2001, o direito a efetuar o pagamento de uma taxa fixa mensal, bem mais barata do que o valor calculado por evento. Mas, como a dívida da União Gaúcha, de aproximadamente R$ 22 mil reais, é referente ao período anterior ao acordo, o CTG nunca pôde aderir ao convênio e segue sendo cobrado pelo valor normal.

Agora, vários músicos nativistas estão mobilizados na organização de um evento, previsto para novembro. Eles pretendem se apresentar de graça e doar o cachê para o pagamento das dívidas da União Gaúcha.


Ruim com ele...

Com 795 mil obras musicais, 412 mil fonogramas e 214 mil autores cadastrados o Ecad tem o mérito de ser um dos maiores bancos de dados de autoria musical da América Latina e - pasmem - reconhecido como um dos mais eficientes do mundo.

Os prós da instituição não passam despercebidos para quem se beneficia do mecanismo: “O Ecad trabalha para os músicos. O grande problema é que muitos compositores deixam de ganhar dinheiro porque não sabem como funciona o sistema”, defende o músico e produtor cultural Cardo Peixoto. “O Ecad funciona sim, e tem dado mostras de melhora. Nos últimos anos vêm depurando seus problemas históricos”, acrescenta Nei Lisboa. A opinião favorável é compartilhada por outros nomes como Kleiton Ramil, Marquinho Brasil e Cristiano Quevedo, que é enfático: “Quem se organiza e vai atrás recebe seus direitos autorais. Só não dá para ficar esperando que o Ecad bata à porta pra pagar alguma coisa”.


Da parte dos produtores culturais não se questiona a necessidade do pagamento como forma de reconhecer o trabalho dos músicos, mas um dos principais motivos da cara feia na hora de pagar os direitos autorais - ou mesmo na hora de se negar a pagar - é a dúvida se, de fato, a arrecadação sobre a obra executada chega a quem deve receber. E nesse ponto há certo consenso entre os usuários do Ecad - pagadores e credores - de que não se tem controle preciso sobre o que é arrecadado e distribuído.

Dados extra-oficiais dão conta que na edição da Fenadoce deste ano teria sido pago um total de R$ 20 mil ao Ecad. A organização da feira não confirmou a cifra, mas independente do valor, o fato é que até agora os compositores que se apresentaram nos palcos do Centro de Eventos ainda não receberam os pagamentos referentes aos direitos autorais. “Não recebi e nem espero receber. Vai ser uma surpresa se pagarem pela Fenadoce porque sei que não foi feita a checagem das músicas que toquei lá”, afirma Marquinho Brasil.

“A gente orienta os nossos clientes a pagarem a taxa de direitos autorais do Ecad, mas não tem como explicar direito o que é e nem se sabe dizer ao certo se o repasse realmente funciona”, explica a relações públicas Karoline Zanotto, que trabalha como promotora de eventos. “A gente paga sobre o valor do aluguel do imóvel e o único documento exigido é o contrato de locação”, diz ela que não tinha conhecimento de que, além de pagar, é preciso preencher uma planilha com as músicas que serão executadas. “Isso nunca foi solicitado”, garante ela, que já passou por apertos de última hora em função da desorganização da agência de arrecadação local. “Já aconteceu de perderem formulários, ou de não serem encontrados em horário comercial e por causa disso a gente ter que correr atrás do Ecad no dia do evento.”

“Ninguém consegue entender direito para onde vai esse dinheiro”, reclama o produtor teatral Igor Simões. “Quer dizer que se eu faço um espetáculo aqui usando tangos do Piazzolla a família dele vai receber lá na Argentina? Quem me garante?”, duvida. Segundo ele, o peso dos direitos autorais muitas vezes coloca em risco a viabilidade do espetáculo.

Do ponto de vista do compositor e produtor musical Kleiton Ramil, acabar com o Ecad seria um erro. “Antes dele o sistema era muito mais caótico”, argumenta. “O caminho é sofisticar o sistema, não voltar à Idade da Pedra”, completa, ao defender a criação de um órgão de controle informatizado.


O Ecad passo-a-passo

Quem paga o Ecad? Indiretamente, qualquer um que ouça música em ambientes públicos, seja por rádio, televisão, execução ao vivo ou gravação. Na prática, quem efetua o pagamento ao Ecad são os produtores de shows, organizadores de eventos, emissoras de rádio e televisão, proprietários de galerias ou estabelecimentos comerciais que utilizem som ambiente, casas noturnas, bares, cinemas e até motéis.
O cálculo da cota a ser paga é feito seguindo basicamente dois critérios: o tamanho do lugar onde será realizado o evento ou sobre o percentual de arrecadação de bilheteria - nos casos em que é cobrado ingresso. Quando o imóvel é alugado, convencionou-se o pagamento de 10% sobre o valor da locação.
Os responsáveis devem enviar ao Ecad com antecedência uma lista com o repertório que serão tocadas. Em alguns casos a apuração das músicas é feita por amostragem.

Músicos e compositores - Os músicos podem resgatar esses valores em intervalos estipulados pela associação a qual são filiados, podendo ser mensais, trimestrais ou semestrais. O repasse para autores estrangeiros é feito através de contratos de reciprocidade com escritórios de arrecadação de direitos autorais em outros países. Não há diferenças nos valores pagos para a execução de músicas nacionais e estrangeiras.

Agência autônoma - Os representantes locais do Ecad são agências autônomas terceirizadas que polarizam as cobranças em cada região, exceto das emissoras de rádio e TV comerciais, que efetuam os pagamentos diretamente com o escritório central. As agências locais calculam o valor a ser pago conforme a bilheteria, abrangência de público ou a dimensão da estrutura do evento (espaço físico). Os pagamentos devem ser feitos exclusivamente com boleto bancário.

Escritório Central - Ao receber o pagamento, o Ecad embolsa 18% dos valores como taxa de manutenção e repassa o restante para as associações às quais são filiados os titulares das músicas executadas, conforme a listagem de repertório (distribuição direta) ou o resultado da análise da amostra (distribuição indireta).

Associações - As associações ficam com 7% do que recebem e repassam o restante aos seus autores filiados, proporcionalmente ao número de vezes que suas músicas foram executadas.

Fundo retido - Os valores pagos que correspondem a músicas não registradas no Ecad, ou pertencentes a autores não filiados a nenhuma das associações assistidas pela entidade, são recolhidos para um fundo retido e podem ser reivindicados pelos autores retroativamente, desde que estes passem a ser associados.


Nos acordes da controvérsia

Ano após ano o Ecad tem batido recordes de arrecadação e distribuição: ano passado teve uma receita de mais de R$ 302 milhões, dos quais mais de R$ 250 milhões foram repassados aos artistas.

As cifras geradas por direitos autorais são superiores ao que o Governo Federal vai investir este ano em ações do Ministério da Cultura. Em 2008 o orçamento da pasta não chega a R$ 200 milhões e só é incrementado graças a fontes alternativas às emendas parlamentares, via programas de financiamento como o Monumenta.

A agência autônoma de Pelotas - que recebe o pagamento de toda a Zona Sul do Estado - tem uma receita média de R$ 110 mil mensais, rendimento que a coloca entre as dez maiores arrecadadoras, das mais de 250 agências locais instaladas em todo o País. Só no município de Pelotas o Ecad arrecada em torno R$ 50 mil por mês.

O que não se sabe é o valor que retorna aos artistas da região. Isso porque o Ecad centraliza as cobranças, mas distribui os recursos por meio das associações. Por isso não faz relatórios que dividem os valores por estado.


Quem não deve...

A exemplo de outros municípios, ano passado a prefeitura de Pelotas conquistou na Justiça o direito de não-pagamento do Ecad, alegando que seus eventos são públicos e não têm bilheteria. A ação foi movida, segundo o secretário de Cultura Mogar Xavier, depois que a prefeitura foi notificada a pagar R$ 14 mil por um único evento que seria realizado no largo do Mercado. “Não tínhamos a menor condição de arcar com esse ônus”, afirma.

A jurisprudência, no entanto, não vale para eventos particulares mesmo que também não tenham fins lucrativos, como formaturas, aniversários e casamentos. Estes ainda correm o risco de uma fiscalização na última hora para acabar com a festa, caso não efetuem o pagamento com antecedência.

Alegando “uso didático” da música, as academias de todo o Brasil também conquistaram a isenção do Ecad graças a uma ação coletiva movida no eixo Rio-São Paulo. Por aqui, poucos foram os proprietários dos centros de ginástica que ficaram sabendo da decisão. Muitos, assim como pagavam sem saber o quê, apenas deixaram de pagar sem saber por quê.


Superávit

O Ecad também não presta contas sobre o que deixa de ser distribuído, mas estima-se que esse montante seja, pelo menos, superior a R$ 350 milhões a julgar pelos valores acumulados entre 2001 e 2007 (veja o gráfico na página 12). A despeito do verniz de transparência que envolve a imagem institucional do Ecad, nem a assessoria de imprensa, nem o gerente regional da unidade no Rio Grande do Sul informaram a real dimensão da “poupança” guardada nos cofres do Escritório.

O acúmulo de capital ocorre, em parte, porque o Ecad cobra direitos autorais inclusive sobre músicas de autores não-associados, e embora afirme que estes são cadastrados e podem receber os valores retroativos, a partir do momento em que se associam, é de se duvidar que isso realmente aconteça devido a um outro problema: a falta de controle sobre a execução das obras musicais.

O procedimento padrão de arrecadação prevê que empresas de radiofusão e promotores de eventos informem com antecedência o repertório que utilizam. Na prática, embora o órgão arrecadador negue, quem paga admite que somente as set lists de espetáculos possuem controle rigoroso, até porque tanto em festas como no rádio não há como seguir à risca um programa antecipado do que vai tocar. O resultado é que, sem uma planilha que especifique as obras sobre as quais o Ecad foi cobrado, grande parte da arrecadação acaba indo parar em uma espécie de “vala comum”. Como a partilha é feita com base no rodízio de amostragem, na hora de dividir o bolo é comum que as maiores fatias acabem ficando na mão dos compositores mais populares, que se repetem durante longos períodos no topo das paradas, enquanto as músicas de compositores de menor status correm o risco de sequer serem captadas porque a probabilidade de estarem tocando no momento em que o fiscal do Ecad estiver com o rádio ligado é muito menor.

O gerente da unidade do Ecad no Rio Grande do Sul, Arion Saes, explica: “Essa é a forma que a gente tem de distribuir os recursos. Agora, se a rádio, os produtores, os músicos não enviam a planilha com as músicas executadas a gente não tem como obrigar”. Mas tem como cobrar.


Ninguém consegue bater a música pop

As top lists reforçam a tese de que o sistema privilegia os grandes e sufoca os pequenos. Basta ver quem aparece por lá para perceber que sons mais alternativos não têm a menor chance ante a soberania da música pop. O paranaense Fabiano, da dupla Cesar Menotti e Fabiano, é o único compositor dos estados do Sul na parada de sucessos da região, dominada por hits internacionais e sertanejos. Ainda assim, ele aparece apenas na quinta colocação com a música Caso por acaso.

Já no ranking dos compositores com maior rendimento em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, Teixeirinha ainda figura entre os dez mais e é também o único representante dos três estados. O músico de Passo Fundo aparece ao lado de nomes como Roberto e Erasmo Carlos, os ícones do rock pop nacional Lulu Santos e Herbert Vianna (líder da banda Paralamas do Sucesso) e César Augusto - cujo nome é bem menos conhecido que as músicas de sua autoria, consagradas na voz de Fábio Jr. (De bom e de melhor) e das mais badaladas duplas sertanejas como Leandro e Leonardo (Desculpe, mas eu vou chorar). Rick, da dupla Rick e Renner, ficou em primeiro lugar pela quarta vez consecutiva.


As mais executadas - Região Sul

1º - Big girls don´t cry (Fergie)
2° - Umbrella (Rihanna/Jay-Z)
3° - Don´t matter (Akon)
4° - Pra não morrer de amor (Bruno e Marrone)
5° - Caso por acaso (César Menotti e Fabiano)
6° - Fada (Victor e Léo)
7° - Last night (Keyshia Cole/Puff Daddy)


Ranking dos autores com maior rendimento na Região Sul

1° - Rick (da dupla Rick e Renner)
2° - Vítor Chaves (da dupla Victor e Leo)
3° - Roberto Carlos
4° - Erasmo Carlos
5° - Bruno (da dupla Bruno e Marrone)
6° - Teixeirinha
7° - César Augusto
8° - Elias Muniz
9° - Lulu Santos
10° - Herbert Vianna

Fonte: Ecad


A classificação é feita com base na amostragem das músicas captadas pelo Ecad na programação das rádios AM/FM que estão com o pagamento em dia. Detalhe: o levantamento mais recente se refere às músicas executadas entre outubro e dezembro do ano passado. O repasse - que não é imediato e pode ser feito mensalmente, trimestralmente ou semestralmente, dependendo da associação - só foi feito em abril.

Curiosamente, apesar da maioria das músicas mais tocadas serem internacionais, o pagamento do Ecad para autores estrangeiros representa em média menos de 15% do total distribuído pelo órgão.

Na opinião do proprietário da rádio Tupanci, Jorge Malhão, o sistema de classificação não funciona. “Não dá para prever a música que o ouvinte vai pedir”, diz ele, que ainda defende uma revisão dos valores fixados. “O custo do Ecad para uma rádio é abusivo, não está compatível com a realidade de faturamento da maioria das rádios. Além do mais, é injusto que uma rádio AM, que tem a programação essencialmente de palavra, pague direitos autorais como se colocasse no ar músicas 24 horas por dia.”

“Quando eles chegam no show para cobrar, eles não perguntam que músicas eu tô tocando, não querem nem saber”, diz Gabi Lima, cantora e compositora pelotense, em mais uma confirmação de que, na prática, a apuração de músicas não acontece.

Em 2002, um amigo recebeu o diploma ao som de duas músicas dela em pleno Guarany. No valor da colação de grau estava incluído o custo dos direitos autorais, que ela não recebeu porque não é associada. “Não é que eu queira receber esse dinheiro, nem vejo porque cobrar do meu amigo por isso, mas o fato é que o Ecad arrecadou sobre todas as músicas que foram executadas, inclusive as minhas, e mesmo que eu quisesse não teria como receber porque eles certamente não fizeram registro disso”, contesta. Este ano, quando foi a vez dela se formar, a então estudante bateu o pé e disse que não pagaria o Ecad. “Tem que cobrar direito autoral em shows, não em formatura, festa de aniversário...”. Como resposta ao protesto, a turma fez uma “vaquinha” e pagou a parte dela. “As pessoas se acomodam, pagam pra não se incomodar.”

Do lado de lá da arrecadação, as associações denunciam uma elevada inadimplência por parte dos grandes usuários. Calcula-se que 21% das rádios, 25% dos shows, 32% dos estabelecimentos que utilizam sonorização ambiental e 26% dos shoppings do Rio Grande do Sul estejam inadimplentes.


Tem limites

Das portas do Theatro Sete de Abril o Ecad não passa mais. Com o aval do secretário de Cultura, o representante da agência que atua em Pelotas, Cláudio Adão da Silva Domingos, e a filha que trabalha com ele no escritório, foram banidos da casa de espetáculos pela diretora Annie Fernandes, que se indignou com o tratamento que era dado aos artistas e com os abusos que eram cometidos nos atos de cobrança. “Ele faz pressão psicológica, é agressivo, diz que vai cancelar espetáculos, começa escândalos, ameaçava os funcionários. É muita prepotência”, desabafa Annie.

O produtor Caio Lopes confirma que além dos preços fixados na tabela, o cobrador dá margem para a negociação de valores: “Ele vai no show como se tivesse ‘autoridade’ para efetuar as cobranças dessa forma. Um produtor que desconhece os procedimentos acaba aceitando isso. Negociações ‘de porta de show’ acontecem. Já me aconteceu dele propor um valor mais baixo e pedir pra família entrar, ou querer CD de graça e dizer que assim ‘ficava tudo certo’”, relata. Segundo ele, o agente quis uma vez estimar com base em um evento em Pelotas o público que haveria no outro dia em Rio Grande, no mesmo show, para cobrar adiantado. “Eu disse que ele teria que ir lá para conferir. Ele não facilita as coisas para os produtores, por que eu facilitaria o trabalho dele?”.

Procurado pela reportagem, o gerente da agência autônoma que representa o Ecad em Pelotas disse não estar autorizado a falar em nome da Instituição. O gerente da Unidade RS, Arion Saes, limitou-se a ressaltar a competência do representante na região. “Esses levantes são inverídicos. A Objetiva nos presta um serviço terceirizado há 11 anos e é uma das mais eficientes do Brasil.”

Pela lei, o Ecad não tem poder de polícia (para interditar eventos) e esse procedimento vai contra os direitos do consumidor, que proíbem meios vexatórios de cobrança. Em caso de recusa de pagamento, portanto, o Ecad só pode executar o pagamento da dívida por via judicial.


Endereço

A agência regional do Ecad em Pelotas fica na avenida Fernando Osório, 20, sala 4A (Shopping Zona Norte). O telefone é o 3227-4212.

Algumas informações sobre arrecadação e distribuição de direitos autorais também podem ser obtidas no site do Ecad e do Ministério da Cultura no tópico políticas, programas e ações/direitos autorais.


Texto: Bianca Zanella | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Estilo / Páginas 8, 9, 10 e 11 | Publicado em: Pelotas, Domingo, 17 de agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nação Suburbana e Freak


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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Aluísio Rockembach


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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Duo interpreta Villa-Lobos

A 2ª etapa do Circuito Sonora Brasil, realizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) traz a Pelotas hoje o espetáculo Canções e Serestas de Heitor Villa-Lobos, interpretado pelos músicos Marcus Llerena e Rosenete Eberhardt. A apresentação, aberta ao público, ocorre no Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas a partir das 20h.


Seresteiro por excelência, o duo de voz e violão irá interpretar temas do compositor que é ícone da vanguarda musical brasileira. "O que mais me agrada em Villa-Lobos é a criatividade das composições. Foi ele quem começou o modernismo musical no Brasil", afirma Llerena que classifica o repertório como "denso, introspectivo e intelectual". As composições, originalmente elaboradas para piano, foram transcritas para o violão.

Marcus Llerena e Rosenete Eberhardt são pesquisadores da música brasileira. Depois de viajar por cinco países da Europa em 2006 - levando para os palcos internacionais o repertório nacional - eles retornaram no ano passado para uma segunda turnê, em que, além da realização de concertos ministraram master classes em Tergnier e Vervin, na França.

Pelotas será a última, de seis cidades gaúchas a receber esta edição do Sonora Brasil, que antecipa as programações alusivas aos 50 anos da morte de Villa-Lobos, que serão completados no ano que vem.


Prestigie!

O quê:
Sonora Brasil - Canções e Serestas de Heitor Villa-Lobos
Quando: hoje (7), a partir das 20h
Onde: no Conservatório de Música da UFPel (rua Félix da Cunha esquina com a Sete de Setembro)
Quanto: a entrada é franca mas são aceitas doações espontâneas de alimentos não perecíveis que serão encaminhados pelo Sesc a uma instituição beneficente da cidade.


Texto: Bianca Zanella | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 07 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Instituto João Simões Lopes Neto lança prêmio para as artes visuais

Pinturas, esculturas, objetos, gravuras e vídeos inspirados na literatura simoniana vão passar a ter seu valor reconhecido pela instituição que é referência nos estudos e na preservação da memória e do patrimônio cultural legado pelo autor. Trata-se do prêmio João Simões Lopes Neto de Artes Visuais, lançado pelo instituto que leva o nome do escritor e que promete figurar entre as boas atividades desenvolvidas na área em todo o Estado.

De acordo com os organizadores, o objetivo é incentivar reinterpretações da obra de Simões - freqüentes por meio da dramaturgia - também através de outras construções artísticas. "O universo Simoniano é uma fonte inesgotável", afirma um dos idealizadores da proposta, Igor Simões, que há tempos desenvolve projetos teatrais e literários envolvidos na atmosfera narrativa das Lendas do Sul e dos Contos Gauchescos. Além disso, acrescenta ele, o prêmio irá proporcionar a criação de um espaço de visibilidade à arte feita no Rio Grande do Sul e promover o intercâmbio entre linguagens como a literatura e as artes visuais - algo recorrente na arte ocidental e contemporânea.

A obra vencedora do concurso será incorporada ao acervo do Instituto e seu autor receberá R$ 6 mil reais como premiação. Outros cinco trabalhos serão destacados e receberão menção honrosa como incentivo à produção artística no valor de R$ 1,5 mil cada.

O Prêmio João Simões Lopes Neto de Artes Visuais tem o apoio das empresas "amigas do Instituto" - Colégio Gonzaga, Livraria Vanguarda, Construtora Theo Bonow e Caixa Econômica Federal - além da Braskem e da Copesul, patrocinadoras através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.


Inscrições começam amanhã

De 6 de agosto até o dia 10 de setembro artistas gaúchos ou residentes no Rio Grande do Sul há pelo menos cinco anos poderão inscrever seus trabalhos. O regulamento e a ficha de inscrição podem ser obtidos na sede do Instituto (rua Dom Pedro II, 810) e a partir de amanhã estarão disponíveis também na internet, no endereço www.joaosimoeslopesneto.com.br. Mais informações pelo telefone 3027-1865.


Texto: Bianca Zanella | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Página 4 | Publicado em: Pelotas, Terça-feira, 05 de agosto de 2008

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Fugata Tango


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IJSLN oferece prêmio às artes plásticas


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O Melhor do Anima Mundi chega a Pelotas

Mostra do Sesc trás a cidade o que de melhor os brasileiros produziram nos últimos anos em matéria de animação. Leonel Pé de Vento (foto) é um dos destaques.


Durante o mês de agosto estão em cartaz no auditório do Serviço Social do Comércio (Sesc) os melhores curtas-metragens de animação nacionais produzidos nos últimos anos. A mostra de cinema animado começa hoje e terá sessões às segundas para o público em geral, às terças para o público adulto e às quartas-feiras para o público infantil.

O Melhor do Anima Mundi Brasil traz uma seleção de filmes participantes do Festival Internacional de Animação - o Anima Mundi - desde 1993, quando foi lançado o prêmio que é considerado o maior da América Latina e um dos mais importantes do mundo. Entre os destaques estão A Noite do Vampiro, Ziriguidum e Leonel Pé de Vento. Ficaram de fora da coletânea vídeos inscritos na 16ª edição do festival, que ocorreu no mês passado no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Toda a programação tem classificação livre, porém 13 dos 35 títulos que serão exibidos são dedicados especialmente às crianças. A entrada é gratuita, mas são bem recebidas doações de alimentos não perecíveis que serão encaminhadas à instituições assistenciais da cidade. Para garantir o acesso, grupos ou escolas podem agendar com antecedência a visitação pelo telefone 3225-6093 ou na própria agência do Sesc (rua Gonçalves Chaves, 914).

A circulação dos filmes pelo Rio Grande do Sul é uma extensão do projeto CineSesc e Arte Sesc – Cultura por toda parte. Além de Pelotas, a mostra passará ainda por outras seis cidades gaúchas.


Anime-se!

Confira as datas e horários das sessões* e participe:
Público geral - dias 04, 11, 18 e 25/08, a partir das 19h
Sessões adultas - dias 05, 12, 19 e 26/08, a partir das 19h
Sessões infantis - dias 06, 13, 20 e 27/08, a partir das 15h

* Duração de aproximadamente uma hora cada.
** Entrada franca. Aceita-se doações espontâneas de alimentos não perecíveis.


Texto: Bianca Zanella | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Página 7 | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 04 de agosto de 2008