segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quem dá mais pelo Museu da Baronesa?

Amanhã (2) é dia de dar lances para a aquisição de obras de arte e dia de contribuir com o Museu da Baronesa. A Associação de Amigos do Museu (Ambar) convida a comunidade para participar de um leilão de gravuras, pinturas, esculturas e desenhos. A renda será investida em projetos e em melhorias na estrutura do Parque e do Museu.

"Nós artistas temos a obrigação de fazer alguma coisa em prol da cultura da nossa cidade. Não é nenhum favor doar um quadro para ajudar essa causa", afirma Arlinda Nunes. "E a Baronesa é um museu pelo qual nós temos o maior carinho", arremata Madu Lopes. Os três fazem parte do grupo de 33 artistas que doaram obras e terão seus trabalhos leiloados durante o evento.

A artista Helena Ferreira destaca ainda um outro objetivo do leilão: "Este é um momento para se valorizar o trabalho artístico que é realizado aqui", lembra ela.

A partir das 19h será servido um coquetel enquanto os convidados poderão apreciar as obras à venda. Haverá sorteio de prêmios à cargo dos apoiadores. Após, será exibido um documentário produzido por alunos do Instituto de Artes e Design da UFPel sobre a obras e artistas envolvidos nesta iniciativa. O leilão deve começar por volta das 21h.

Ainda não foram estipulados os lances mínimos. Os organizadores pretendem que cada artista avalie sua obra, o que desencadeia um dos maiores dilemas da profissão, que só deve ser resolvido, mesmo, na última hora. "É sempre muito complicado colocar preço nos trabalhos. Essa é uma questão muito particular, mas é preciso considerar também o acabamento, a moldura, que são coisas que não saem barato", explica Giane Casaretto.

Para Helena Ferreira, é a trajetória, o espaço, o tempo e o público quem dirão quanto vale uma obra. "É preciso valorizar a identidade do artista. O público às vezes não sabe reconhecer isso porque está muito contaminado pela decoração de interiores", diz, interrompida por Madu Lopes: "Uma obra de arte não é apenas um objeto para preencher um espaço." Ela retoma: "Sim. Por isso o artista não pode perder a sua identidade para agradar ao público e 'estar na moda'", completa.

Para incentivar ainda mais a comunidade a adquirir os trabalhos, a organizadora Helena Ferreira salienta que o pagamento poderá ser parcelado. "Às vezes as pessoas compram gravuras (reproduções) de obras que saem mais ou tão caro quanto o original. É preciso deixar essa prática e ter uma obra de verdade", sugere.


Participe:

O quê:
Happy hour e Leilão de Artes em benefício do Museu da Baronesa
Quando: amanhã, às 19h
Onde: no Salão Nobre do antigo Jockey Club (rua 7 de Setembro, 151)
Quanto: os convites estão à venda na loja R2 e na Emilice Calçados, ao valor de R$ 20,00
Informações: pelo telefone 3222-2771


Quem assina as obras leiloadas:
Adrian Nornberg | Alex Sena | Alice Bender | Ana Holz | Arlinda Nunes | Aurys Abrantes | Clarice Magalhães | Conde | Cynthia Yurgel | Damé | Debora Mirenda | Elenise de Lamare | Giane Casaretto | Graça Antunes | Graça La Falce | Graça Marques | Gracia Calderón | Helena Badia | Helena Ferreira | Lauer | Lisarb Real | Madu Lopes | Maria Gurvitz | Maria Lucia Drummond | Nauri Saccol | Nina de Medeiros | Norma Alves | Pellegrin | Renata Martins | Roberto Bonini | Sandra Kuhn | Stela Terra | Vera Souto


Quem apóia

O leilão em benefício do Museu da Baronesa tem o apoio da Pampah Vidraçaria, Maria Alice Decoração e Design, Bollick Molduras e Emilice Calçados, e patrocínio de Casarão Imóveis, Loja Krause, O Boticário, Castro, Posto Baronesa, Vinícola Salton, Ótica Cristal e R2 Arquitetura e Interiores.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 1º de dezembro de 2008

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