quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Contagem regressiva

Para quem acredita que o ritual de pular sete ondas na hora da virada é indispensável para atrair boa sorte, tanto faz se a água é doce ou salgada. E enquanto a meia-noite não chega, diversas atrações estão preparadas, à espera de milhares de pelotenses, rio-grandinos e turistas nas praias do Cassino e do Laranjal.

Mais de 50 mil pessoas são esperadas para brindar a chegada do Ano Novo às margens da Lagoa dos Patos, onde a festa começa às 23h com a animação da banda Expresso da Vanera. Na seqüência as pagodeiras Sambaeh e Três Segundos tomam conta do palco, que será montado em frente ao shopping Mar de Dentro.

O ponto alto da noite será a queima de fogos, que deve durar cerca de 15 minutos e está marcada para começar à 1h.

A celebração da entrada de 2009 nas areias do Cassino terá atrações a partir das 21h, com abertura da banda rio-grandina Valentine tocando um repertório de pop rock e rock oitentista. A festa continua com a banda Só Fandango, a pagodeira Samba 3 e a bateria show da escola Unidos do Mé - atual campeã do Carnaval de Rio Grande. Depois é a vez da Comunidade Nin-Jitsu subir ao palco para animar a primeira madrugada do ano.


Nem uma nem outra

Para quem não vai nem para o Cassino, nem para o Laranjal, alternativas não faltam para comemorar o Ano-Novo na cidade. Confira algumas opções para a virada:

... em Pelotas

* Helô Réveillon
A partir da meia-noite a festa rola na Original Bier (rua Almirante Tamandaré, 52), sob o comando musical da DJ Helô. Antecipados a R$ 10,00 na Studio CD´s.

* Freixenet na Charqueada
Na Charqueada da Boa Vista o DJ Rodrigo Maysonave irá animar o Réveillon Freixenet com um repertório de flash back dos anos 70, 80 e 90 e lounge music.
A ceia, preparada pela quituteira Irene Vianna, será servida a partir das 22h. Os ingressos custam R$ 80,00 (primeiro lote), R$ 100,00 (segundo lote) e R$ 120,00 (terceiro lote).
Pós 1h a festa rola solta, com champanha liberada ate às 5h. Ingressos antecipados para a festa a R$ 40,00, R$ 50,00 e R$ 60,00 por pessoa (primeiro, segundo e terceiro lotes) à venda na loja 5 Marias. Informações pelos telefones 8124-0080, 9129-1383 e 9133-2507.

* Hora Extra
No Hora Extra (rua Gonçalves Chaves, 1.135) a Noite da Champanha marca a virada para 2009, a partir da meia-noite. Animação da banda Black Bird. Reservas de mesas e mais informações pelo telefone 3279-4209.

* Réveillon das Arábias
Na Estância do Saladero, a caminho do Laranjal, ocorre a 8ª edição do Réveillon Luna, este ano com temática árabe. Dançarinas, malabares, cuspidores de fogo e bartenders farão a animação da festa, que terá como atrações musicais Toni Ribeiro e banda, bandas Entrecot, Agora é pra valer, Três segundos e grupo Doideira. Quem comanda o som na pista são os DJ´s Sócrates, Cris, Change e Maicon.
Ingressos antecipados à venda nas lojas Claro a R$ 20,00 (primeiro lote) e R$ 25,00 (segundo). Para o camarote da Bohemia os ingressos custam R$ 40,00 e R$ 50,00. Informações pelos telefones 8402-8388 e 8407-0256.

* Réveillon no Moa
O Bar Moa também abre as portas para chegada de 2009, a partir da 1h. No palco, a banda Kook´s levará ao público um diversificado repertório de pop-rock. Os ingressos antecipados, com direito à champanha, custam R$ 20,00 e podem ser adquiridos na loja Aloha. O Moa fica na avenida Adolfo Fetter, 3.100, no caminho do Laranjal.


... em Rio Grande

* Réveillon da SAC
A Sociedade Amigos do Cassino (SAC) promove a partir da meia-noite a festa da virada com animação das bandas Dupla Face, Swing Balanço, Sambaê, Tchê-Forró e Koots, além de Djs na pista. Ingressos antecipados à venda na secretaria do clube por R$ 15,00.

* Country Club
Com área de shows, espaço eletrônico, quatro ambientes e quatro bares, o Country Club também promove a festa para celebrar a chegada de 2009. Os ingressos antecipados custam R$ 25,00 e podem ser adquiridos nas lojas AM/PM dos postos Ipiranga, no Pansera Lanches e na Hercílio Calçados. As atrações musicais da noite não haviam sido confirmadas até o fechamento desta edição. Mais informações pelo telefone 3236-9077.

* Pub St. Patrick
No Pub St. Patrick cada reserva de mesa vale uma garrafa de champanha. Shows com a banda João Solteiro e Jeff & Banda, e após animação com DJ Moita. Ingressos custam R$ 20,00.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Recesso de final de ano

Caros leitores,

Vou sumir por uns dias. São apenas 5, mas farei o possível para sentí-los o mais longos quanto for possível, para que o "recesso" pareça férias.

Até o dia 5, nada de MSN, Plurk, Twitter, Blog ou similares. Nem e-mail eu pretendo abrir. Eis o meu desafio de Ano Novo: Cinco dias desconectada.

Será que consigo? O certo, mesmo, é que dia 5 estarei de volta, e espero que com todo o gás para começar o ano!

Por hora, em 2009 eu desejo menos...

Menos preocupação.
Menos formalidade.
Menos nuvens no céu.
Menos roupa.
Menos encanação.
Menos se levar a sério demais.
Menos escritório.
Menos cara feia.
Menos despertador do lado da cama.
Menos falta de tempo.
Menos resolver tudo por email.
Menos chapinha.
Menos distância.
Menos complicação.

Ah, eu quero menos pra mim...e quer saber? Eu desejo o mesmo pra você!

Agora, sigo eu, em busca de resgatar a leveza, a singeleza, a singularidade da vida! Ah, vou calçar as Havaianas!

Um grande abraço, boas festas (sem exageros) e até a volta!

Se tudo correr bem, ainda pego uma praia hoje no final do dia...


P.S.: Amanhã, a partir das 9h, entrará uma postagem com o agendão de festas de Réveillon em Pelotas e Rio Grande. Espero que as informações sejam úteis. Só para esclarecer, essa postagem foi feita hoje (30) e programada para ser publicada amanhã (31). O mesmo conteúdo sairá também na capa do caderno Zoom, do Diário Popular desta quarta-feira. Bye!

Releituras da BPP

Lá dentro o cheiro de tinta fresca ainda pode ser sentido. Livros e leitores respiram novos ares. O antigo ficou como novo, de novo. Do lado de fora da Bibliotheca as pessoas passam, olham curiosas, admiram. Alguns entram para ver de perto os detalhes da arquitetura, agora mais em evidência.

O pelotense Luiz Eduardo Fonseca, que reside atualmente em Praia Grande, no estado de São Paulo, fez questão de mostrar à paulista Ildaci Oliveira as belezas do prédio histórico. "No meu tempo de colégio eu fazia muita pesquisa aqui. Dá gosto reencontrar um lugar de tantas lembranças bem cuidado", fala ele, enquanto a turista observa admirada a pintura no teto do hall de entrada.

O primeiro dia em que a Bibliotheca Pública Pelotense reabriu ao público após a conclusão da primeira obra de restauração integral de sua história, desde 1888, foi de movimento incomum. "Normalmente nas quintas é que vem mais gente. Hoje está um pouco acima do normal para uma segunda-feira", disse a estagiária Juliana Cruz. Ontem, às vésperas de mais um feriado prolongado, muitos sócios estavam em busca de leituras, logo pela manhã. Outros leitores assíduos compareceram para conferir por dentro o resultado que pôde ser admirado por fora na noite de terça-feira passada, quando um concerto da Sociedade Pelotense Música pela Música marcou a reentrega do prédio restaurado à comunidade.

Por entre as prateleiras, o vigilante da Guarda Municipal Onório Soares passava os olhos pelos títulos e autores à procura de obras da literatura gaúcha, talvez escondidos por ali. Ele é mais um entre os quase 300 sócios da Bibliotheca que se mantiveram assíduos mesmo durante as obras, quando o atendimento aos freqüentadores não foi interrompido. "Eu sempre achei esse lugar fantástico. Agora ele criou vida nova. Além do prédio, a gente sabe que muita gente aqui trabalha por amor à camiseta. Espero que o nosso povo saiba valorizar esse espaço."


Refúgio

Apesar do barulho de algumas marteladas - as últimas dessa obra - que ainda eram ouvidos ontem pela manhã e da movimentação de operários que davam os últimos retoques na pintura exterior, a professora Flora Bilhalva preferiu ir até a Bibliotheca terminar o relatório de um projeto a ficar em casa para fazer o trabalho. "Dá gosto de vir pra cá. O ambiente é acolhedor, dá vontade de ficar. Num lugar assim a gente se sente mais motivada e não fico tão dispersa como em casa", diz a professora, que pensa em trazer os alunos da educação infantil para conhecerem o local.

Para o estudante Edegar Ribeiro Júnior mais que uma opção, a Bibliotheca é um refúgio essencial onde estudar. Quando a Casa do Estudante fecha, é pra lá que ele e outros moradores rumam de posse de livros e cadernos. "Gostei muito da recuperação do prédio. Chama a atenção os móveis antigos em contraste com a estrutura que agora parece novo principalmente por causa da pintura", admira.

Na sala ao lado, vários senhores dividem mesas e folheiam jornais, repetindo uma rotina diária. "Demorou pra ficar pronta, mas o trabalho foi muito bem feito", elogia o técnico em enfermagem Eduardo Siqueira.


Serviço

A Bibliotheca Pública Pelotense fica aberta ao público de segunda à sexta-feira das 9h às 18h. Informações pelo telefone 3222-3856 e no site www.bibliotheca.org.br.


Texto: Bianca Zanella | Foto: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Terça-feira, 30 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tequila Baby

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Para matar a saudade...

Eles estão de volta... depois de deixar a platéia do Guarany com "gosto de quero mais" em setembro do ano passado, quando cantaram de improviso a nova canção em homenagem à terra natal... Kleiton e Kledir fazem hoje à noite o show de encerramento do projeto de Natal Feliz Cidade, na Praça Coronel Pedro Osório.

JustificarPassado tanto tempo longe, o que se espera do reencontro com os amigos pelotenses é uma oportunidade para colocar a conversa em dia. Por isso, a primeira pergunta dessa entrevista - concedida por telefone no intervalo das gravações do novo DVD - não poderia ter sido outra que não uma indagação sobre o novo projeto que vem por aí.

E Kleiton estava ansioso para contar as novidades. "A primeira coisa que eu quero dizer é que a música Pelotas vai estar no DVD e também no show, mas agora com todo o tratamento. Aquela vez fizemos um lançamento improvisado, nem tínhamos ensaiado direito", confessa.

A dupla está empolgada. Depois do recente sucesso do CD e DVD Ao Vivo, que resgatou antigos hits e trouxe ainda duas faixas inéditas - Capaz e Então tá - os irmãos se voltam para um projeto inédito, gravado em estúdio, com base acústica e alguns toques de guitarra elétrica. "É algo completamente diferente de tudo o que já fizemos antes. Não é porque é feito em estúdio que vai ser 'tudo igual'" afirma ele, sem revelar exatamente o que o público pode esperar.

"Acredito que as pessoas vão gostar. Ele se parece muito mais com um filme que com um DVD. Várias histórias são contadas através das músicas e cada música recebeu um tratamento como se fosse um mundo em particular. Está ficando muito interessante", diz o músico, que há tempos tinha vontade de realizar esse trabalho.

E que tempo! Basta lembrar que a maior parte dos grandes sucessos da dupla - jamais esquecidos e cujos refrães são cantados, tidos como modernos, pelas sucessivas gerações - foram gravados ainda na remota década de 80. "Nós nunca paramos de compor. Para o disco novo selecionamos 13 músicas entre cerca de 70 que temos prontas."

Além do bom e velho repertório que o público não cansa de ouvir, os irmãos Ramil trarão na bagagem algumas palhinhas das novas canções. Oportunidade para os pelotenses conhecerem Tudo eu - uma verdadeira viagem dentro da letra que diz "eu não sou atlas para carregar o mundo nas costas" e a intimista Estrela cadente. "Queremos estimular a imaginação das pessoas sobre o novo projeto", diz Kleiton, que não confirma se alguma(s) música(s) do novo disco será(ão) disponibilizada(s) pela Internet antes do lançamento, previsto para o primeiro semestre de 2009. "É preciso que se diga que este é um trabalho muito longo e grande. Tem muita gente envolvida, estamos há mais de um ano trabalhando nisso. Por isso, quando chega o momento de dividir o disco com o público, isso não pode ser feito de qualquer jeito", explica cauteloso.


Em família

Divididos entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, Kleiton e Kledir passarão, este ano, o Natal em Pelotas. "Eu dou o maior valor pra isso. Quando morei na França, teve um Natal que eu ia passar em Paris. A cidade estava (mais) linda, toda iluminada. Cada vitrina em Paris era uma obra de arte. Mas na última hora eu resolvi pegar um avião e vir embora que eu tava morrendo de saudade! Paris é linda, Nova Iorque é linda, Berlim é linda... mas nada substitui estar com a família e com os amigos."

A ceia da família Ramil, segundo Kleiton, em quase nada foge do comum. "A gente costuma trocar presentes, fazer amigo secreto, os mais jovens fazem também o inimigo secreto. É o tempo que a gente tem para brincar e conversar. Vai ser uma delícia! Faz tempo que eu não passo o Natal em Pelotas!", fala animado.

No show de hoje à noite, terão a companhia do irmão caçula, Vitor Ramil (que provavelmente subirá no palco para interpretar Vento Negro).


Não perca!

O quê:
show com Kleiton e Kledir - Encerramento do Projeto Feliz Cidade, do Sesc
Quando: hoje, às 21h
Onde: na praça Coronel Pedro Osório


Participe!

Contribua com o NATHOLL - campanha de arrecadação de alimentos, agasalhos e brinquedos promovida pelo Grupo Tholl. As doações poderão ser entregues na praça das 9h às 17h.


Texto: Bianca Zanella | Foto: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pornô Rock

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Obrigatório não, mas... necessário?

Na maioria dos clubes o exame médico deixou de ser obrigatório para os freqüentadores de piscinas com o aval de uma norma técnica da vigilância sanitária do município. Apesar das garantias oferecidas pelo controle da qualidade da água, ainda tem gente com o pé atrás na hora do mergulho.

Dia de sol e calor na cidade, em período de férias escolares principalmente, é sinônimo de clubes cheios. E no fundo da água cristalina, uma dúvida mergulha junto com os freqüentadores das piscinas públicas: a prática é segura para a saúde?

Em 2004, uma norma técnica operacional da Vigilância Sanitária do Município tornou facultativo o exame médico para os usuários e desde então a maioria dos clubes aboliu a prática da rotina de seus associados. Até porque, muitos permitem o acesso de visitantes, acompanhados de sócios, que nem sempre programavam a visita ao clube a tempo de fazer um exame prévio.

A norma da Vigilância Sanitária não regulamenta a forma do tratamento da água, apenas obriga as instituições a terem um responsável técnico para fazer esse controle e recomenda que antes de entrar na piscina os usuários passem por um banho de chuveiro. Nem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem a Vigilância Sanitária Estadual possuem normatização específica a respeito do assunto.

Segundo a coordenadora do Departamento de Vigilância Sanitária em Pelotas, Jussara Morales, o exame deixou de ser obrigatório porque o tratamento da água foi aprimorado. "O controle microbiológico o substituiu", afirma.


Análise química

Em geral as piscinas são tratadas a base de filtração - para eliminar impurezas - e cloração - para combater germes e bactérias. Eventualmente as águas devem receber também clarificantes, normalmente à base de sulfato de alumínio, para reduzir a turbidez, e um algicida para impedir o desenvolvimento de algas.

Isso, no entanto, não é garantia de segurança quanto à qualidade da água afirma o bacharel em Química Vinícius Gonçalves, que trabalha como técnico químico no Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep). Segundo ele, a fiscalização feita anualmente pela Prefeitura - apenas para a renovação do alvará - é insuficiente para dar garantias aos usuários. "Os clubes tem o responsável técnico, mas essa pessoa nem sempre acompanha de perto o tratamento", diz ele que já trabalhou nessa função. "Em geral a água das piscinas ou é de poço ou é do Sanep e na maioria das vezes é de boa qualidade. Mas, como o cloro é extremamente volátil é muito difícil manter a concentração adequada", completa Gonçalves que defende a importância do exame médico.

A opinião é compartilhada com a também bacharel em química Beatriz Farias, responsável pelo controle de qualidade nas piscinas do clube Gonzaga - um dos poucos da cidade que mantém a exigência de atestado médico para seus freqüentadores. "O tratamento com cloro evita o risco de contaminação, mas o exame médico é um parâmetro a mais, que associado ao controle da qualidade da água aumenta a garantia para o usuário", argumenta.

Para o representante da empresa Aquasan que presta assistência técnica ao Clube Brilhante, Márcio Fonseca, mais importante que o atestado médico é o tratamento da água. O clube, que chega a receber uma média de 500 pessoas por dia durante o verão, aboliu a exigência do exame médico desde a temporada passada.

"Uma água bem tratada torna o exame desnecessário. A única exigência é o uso prévio do chuveiro, que evita que as pessoas levem para a água impurezas como pó, fios de cabelo e gordura de bronzeadores e protetores solares", explica. No clube os funcionários efetuam o controle químico das piscinas três vezes ao dia e a filtração é constante.


Análise médica

Apesar do "pé atrás" de alguns, o clínico geral Nelson Duarte acredita que o uso de piscinas públicas não ofereça praticamente nenhum risco à saúde dos freqüentadores. "É seguro, tanto quanto é seguro tomar banho no Laranjal." defende ele, que em anos de trabalho em hospitais públicos diz que nunca viu casos de contaminação através de contato com a água que justifiquem o alarde. "Eu tenho mais medo de contaminação química, provocada por derramamento de óleo por exemplo, do que a contaminação provocada por coliformes fecais."

Para o médico, o excesso de cloro poderia ser mais prejudicial que a falta. "Engolir água da piscina com muito cloro é diarréia na certa e o contato com os olhos pode provocar uma conjuntivite química", diz o médico, que ainda mensiona os prejuízos para os tecidos externos como a pele e os cabelos. "O cloro deve estar na medida exata para manter a água acéptica e os clubes também devem se preocupar com a acepcia nos banheiros, vestiários, pisos e contornos das piscinas. Isso já é o suficiente."

Segundo ele não há estudos que indiquem que a incidência de infecções é maior entre os freqüentadores de piscinas públicas. Ele também diz não acreditar que as crianças sejam mais vulneráveis a adoecerem por contágio na água. "As infecções transmitidas por utensílios de manicure mal esterilizados são muito mais comuns", compara.

Para quem tiver algum machucado ou ferida aberta ele sugere que após o banho seja feito um novo curativo com aplicação de antiséptico "para garantir".

"Em geral, quando se fala de tratar a água as pessoas se preocupam mais com a aparência dela que com a qualidade efetiva. Eu já vi diretor de clube expulsar gente da piscina com vitiligo quando se sabe que vitiligo não é uma doença contagiosa, apenas por achar de 'má aparência' as manchas brancas na pele da pessoa. Isso é questão de preconceito", conclui.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Viva Bem / Páginas Centrais | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

The Beatles Fan Club Band



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Concerto


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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

20 X 20


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1º Ato 2 em 1

Núcleo de Ginástica e Dança 1º Ato Tavane Viana apresenta É tempo de brincar e Contrastes nesta quarta-feira

Um palco e dois espetáculos em uma mesma noite. Por onde começar?

O homem em solidão. Só. O homem e seu par. O homem e seus semelhantes. O cenário é a roda, é vermelho, é a vida. A vida impulsionada pelas contradições... A vida colorida de preto e branco? De certo e errado? Assim - feito de paradigmas e traduzido em movimentos - Contrastes volta ao palco após a estréia, em maio deste ano.


"Escolhemos esse tema para refletir sobre a emoções que envolvem esses aspectos opostos da vida, que coexistem no cotidiano", diz Vânia Viana, que assina a direção artística do espetáculo coreografado pela filha, Tavane Viana. A montagem da academia 1º Ato foi selecionada no edital de Fomento às Artes Cênicas no ano passado e é com ela que o grupo pretende dar os maiores passos a partir do ano que vem. "A proposta desse espetáculo é mostrar para a comunidade uma companhia mais madura, mais direcionada para a dança profissional", diz o produtor Daniel Amaro. Em cena, 20 bailarinos selecionados traduzem contrapontos em passos de jazz, dança contemporânea e street dance.

Não é o começo. Contrastes é na verdade a segunda parte de uma apresentação cujo início vem em tom de brincadeira, embora também com suas comparações dualistas. Em É tempo de brincar o público é convidado a partilhar da alegria da infância através das brincadeiras de ontem e de hoje. As crianças deixaram de brincar? Ou só deixaram de brincar de pega-pega porque os games se tornaram mais interessantes?

Com graça, o mundo moderno é levado ao palco pelos olhos das crianças, nos passos e gestos de bailarinos entre 6 e vinte e poucos anos de idade. "Queremos resgatar os momentos da infância mais significativos e felizes", comenta Vânia. A apresentação marca o encerramento das atividades anuais da escola de dança.


Prestigie!

O quê:
Espetáculo duplo: É tempo de brincar e Contrastes
Quando: amanhã (10), às 21h (duração de aproximadamente 50 minutos cada ato)
Onde: no Theatro Sete de Abril
Quanto: ingressos a R$ 12,00 e R$ 6,00 (para idosos, professores e estudantes) à venda na academia (rua Santa Cruz, 1.300) e no dia do espetáculo na bilheteria do teatro


Texto: Bianca Zanella | Foto: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Terça-feira, 09 de dezembro de 2008

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Cartolas


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Por campo, galpões e melodias

De carreira são dez anos, mais de 60 músicas gravadas em discos de festivais e algumas prateleiras de prêmios colecionados pela estrada da vida afora. Apesar da bagagem, Raineri Spohr sente como se estivesse apenas começando, como a cada nova experiência, desde que seu CD de estréia - Por campo e galpões - ficou pronto, há mais ou menos um mês. "Eu tô começando de novo", diz com a humildade - um tanto quanto constrangida - que lhe é peculiar. "Raineri é um pedritense de alma pura e mirada sincera", como diria Guilherme Collares na apresentação do CD.


O disco já está nas lojas (Multisom e Studio CD´s, R$ 11,90), mas os shows de lançamento na região, por conta da agenda de festivais, só devem acontecer no ano que vem. O público, entretanto, teve uma pequena mostra do trabalho na apresentação de Raineri durante a programação da 36ª Feira do Livro.

Se as coisas tem seu próprio tempo para acontecer, este é um disco que veio em boa hora, nem antes nem depois do tempo certo. Isso porque pode até significar um "recomeço", como insiste o músico, mas a sua trajetória não passa em branco neste trabalho tão esperado por ele.

Poucos são os "primeiros CD´s" lançados no cenário local e regional com qualidade equivalente a este, bem cuidado da produção/gravação ao encarte. Raineri está inteiro em cada uma das 12 faixas - em poesia e melodia - bem acompanhado por suas bem-sucedidas parcerias, como os instrumentistas Edilberto Bérgamo, Gustavo Oliveira, Guilherme Ceron, Fábio Andrade, Rodrigo Maia e Felipe Radünz, e os compositores Adriano Alves, Roberto Luçardo e Eron Vaz Mattos, entre tantos.

A idéia inicial, que era fazer uma coletânea das participações em festivais gravadas ao vivo, foi deixada de lado em nome de um projeto maior. "Deixa isso para os poetas e encara a coisa como gente grande", foi o conselho que ouviu dos amigos, companheiros de música, que o incentivaram a gravar o álbum inédito, em estúdio.

No entanto, entre o período da gravação - no segundo semestre do ano passado - e o lançamento este mês, várias músicas foram selecionadas em festivais, conferindo ao CD um atestado de qualidade. A chamarra Despachando a trote largo foi a canção mais popular no Canto das Invernias e o rasguido Baeta Colorada venceu a categoria de melhor grupo instrumental na Vigília do Canto Gaúcho, em Cachoeira do Sul, para citar apenas duas participações premiadas.

Inéditas mesmo, no lançamento, são as canções Potra Solidão, o chamamé Ainda hoje cedo e a milonga No rumo da ilhapa.


Versos campeiros criados na cidade

Se é possível sentir saudade do que não se viveu, Raineri é a prova que sim. Sua vivência no campo foi apenas ocasional. Natural de Dom Pedrito, hoje aos 27 anos, foi criado na cidade. "Sou um gaúcho urbano", diz ele, que ainda assim nunca esqueceu dos tempos de guri vividos no interior do Mato Grosso. "Acordar no campo, comer pão feito em casa com manteiga é diferente que acordar na cidade", lembra com saudoso idealismo da identificação imediata que teve com a vida campeira.

"Eu me apaixono pelas imagens do campo, e canto por quem faz essas lidas e por quem merece. Falar da prenda, do homem do campo, da sua humildade e ao mesmo inteligência e do jeito como ele faz as coisas com amor é o que gosto", diz o romântico confesso.

Consciente de que "ninguém fica rico com um disco", Raineri apresenta seu CD como cartão de visitas e pretende ir além. "Todo mundo tem um sonho. Eu pretendo gravar outros e seguir cantando com essa sensibilidade que eu tenho para transmitir essa imagem do campo que eu canto e que me encanta."


Texto: Bianca Zanella | Imagem: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

Uma outra versão da história

Onde tudo acaba em Carnaval, nem os clássicos escapam

Há mais de dois mil anos a mesma história é contada. Ou quase a mesma. Protagonizado por José, Maria e o Menino Jesus o episódio bíblico da fuga do massacre de Herodes ganha ares tropicais na releitura apresentada pela companhia teatral Stravaganza, de Porto Alegre. Para quem não se lembra, a Cia. Stravaganza é a mesma que apresentou em setembro a Comédia dos Erros, no auditório do colégio São José, durante a Mostra Sesc de Teatro - Discutindo Sheakespeare.


A comédia Sacra Folia, que será apresentada neste domingo na praça Coronel Pedro Osório, é uma adaptação tupiniquim do estilo de teatro criado pelos gringos - a chamada Commedia dell'arte. "É uma peça popular e sofisticada ao mesmo tempo", diz a diretora Adriane Mottola, que não poupa elogios à rica poética do texto escrito por Luiz Alberto de Abreu.

Nessa versão da história, a sagrada família recebe a ajuda de dois espertalhões, e por causa disso erra o caminho da fuga e acaba indo parar em Belém... do Pará! "A peça é uma brincadeira mas que tem um sentido profundo. Na verdade, os malandros pensam que se o Menino Jesus vai mesmo trazer 'fartura' então ele tem mais é que vicar aqui no Brasil pra ajudar a nossa gente", fala Adriane, adiantando uma das possíveis interpretações.

Ao melhor estilo do teatro de rua, o espetáculo promete encher os olhos do público com o colorido vibrante das máscaras, figurinos e cenários, além de jogos acrobáticos e alguns improvisos para dar ainda mais graça à folia natalina.

A apresentação faz parte da programação do projeto Cidade Feliz, do Serviço Social do Comércio (Sesc), que continua até o dia 22 de dezembro.


Não perca!
O que: espetáculo teatral Sacra Folia - Um auto brasileiro
Quando: hoje, às 21h
Onde: na praça Coronel Pedro Osório
Sugestão: levar cadeira


Próximas atrações:

A temporada cultural especial do Sesc continua na semana que vem com mais música, dança e teatro. Confira as atrações dos próximos dias:

Quarta-feira (10)
20h30min - Projeto Carinho | Apae
21h30min - Banda Filhos do Sol (Banda da Promotoria)

Quinta-feira (11)
20h30min - Toni Konrath
21h - Marquinho Brasil

Sexta-feira (12)
20h - Palhaço Bolaxa conta as lendas do Natal
21h - Grupo de Choro Reminiscências

Sábado (13)
20h30min - Conjuntos Vocais: Costinha, Canto Livre e Original Samba

Domingo (14)
20h -Palhaço Bolaxa conta a história do Pequeno Príncipe
20h30min - Misto Quente - Circo Girassol


Não esqueça:

O Clube da Maturidade Ativa do Sesc realiza até o Natal uma campanha de solidariedade que irá beneficiar instituições carentes da cidade. Participe doando brinquedos e alimentos não-perecíveis no ponto de coleta instalado na praça Coronel Pedro Osório no horário das apresentações.


Visite o Bom-Velhinho:

De segunda à sábado o Papai Noel do Sesc recebe visitantes na casa do Calçadão (em frente ao chafariz da rua Sete de Setembro), das 16h às 19h, onde na companhia de seus ajudantes oferece atividades recreativas e culturais para crianças de até 12 anos de idade.

Entre as 20h e as 22h (inclusive aos domingos) o Bom-Velhinho muda-se para o endereço da Praça Coronel Pedro Osório.


Texto: Bianca Zanella | Foto: Cláudio Etges / Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Estilo / P.12 | Publicado em: Pelotas, Domingo, 07 de dezembro de 2008

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Livro extra para os fãs de Harry Potter

O sétimo e último livro de uma das séries mais bem sucedidas da literatura chegou às prateleiras no ano passado, mas a história do jovem bruxo ainda deve render muitas páginas inéditas.

Esta semana foi lançado mundialmente o livro Contos de Beedle, o Bardo (no Brasil pela editora Rocco, R$ 24,50 , 128 págs.). Como no resto do mundo, a renda gerada com a venda desta publicação será revertida para uma entidade beneficente criada pela autora J.K. Rowling.

Contos de Beedle, o Bardo é um dos cinco volumes fictícios de contos de fadas deixados pelo professor Dumbledore para Hermione (personagens da série) no sétimo livro. Apenas uma das histórias, O Conto dos Três Irmãos, aparece em Harry Potter e as Relíquias da Morte.

Originalmente, o livro - primeiro lançado por Rowling após o final da série Harry Potter - teve apenas sete cópias produzidas. As cópias, escritas à mão e ilustradas pela autora, foram presenteadas a amigos e apenas uma foi leiloada.

Lançamento em Pelotas

Para comemorar a chegada do livro Contos de Beedle, o Bardo por aqui, o grupo Satolep´s Army, em parceria com a Livraria Mundial e comerciantes de Pelotas, promove neste sábado (6) a partir das 18h um super lançamento com atividades para leitores de todas as idades. O evento será no Centro Universitário de Cultura e Artes (Cuca), localizado na rua Félix da Cunha, 62.


O livro, lançado mundialmente esta semana (no Brasil pela editora Rocco, R$ 24,50, 128 págs.) é um dos cinco volumes fictícios citados na série Harry Potter, que teve seu sétimo e último livro publicado ano passado. Quem for, poderá adquirir-lo mais barato.

A autora J.K. Rowling destinará a renda da venda dos Contos de Beedle em todo o mundo para uma entidade beneficente criada por ela, que presta assistência a crianças em vários países da Europa.

Navegar é preciso...

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Não é de se jogar fora...

Estréia nesta quinta-feira (4) o documentário Não é de se jogar fora, produzido pelo curso de Cinema e Animação da UFPel em parceria com a Moviola Filmes.

O filme, cuja temática gira em torno da questão do lixo na cidade de Pelotas, foi realizado pelos alunos da disciplina de Cinema Documentário.


O lançamento será às 20h30, na frente do IAD/UFPel (Alberto Rosa, 62).
A entrada é franca. Leve sua cadeira de praia.

Pequenas doses de arte e humor

Quanta graça, quanta arte cabe em até 360 segundos? Para testar os limites do tempo na expressividade cênica o Núcleo de Teatro da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realiza nesta sexta-feira (5) o 1º Festival de Cenas Curtas, em comemoração a seus 12 anos de atividades.

As esquetes duram poucos instantes, mas prometem diversão para a noite inteira, a conta-gotas. "Vai ser um momento festivo e descontraído para confraternizarmos e comemorarmos os bons resultados desse ano", avalia com entusiasmo o diretor do Núcleo, Adriano de Moraes. A expectativa é de que entre as 22h e as 2h da madrugada sejam apresentadas cerca de 30 cenas em dois ambientes, intercaladas por música, bate-papo e performances interativas com o público. "Nesse festival todo mundo vai estar em cena, e todos vão se divertir, assistindo ou apresentando esquetes", diz o professor em tom provocativo.

Na disputa do festival, que será julgado por pessoas leigas, estarão em jogo prêmios em categorias inusitadas como Melhor e Pior Esquete - individual e em grupos -, Mr. e Miss Esquete, Esquete Simpatia e "prêmios de consolação" para incrementar a brincadeira.


JustificarVale tudo

Dança, teatro, dança-teatro, música, poesia etc. Vale tudo para participar do festival que irá integrar as mais diversas modalidades artísticas e que é aberto à participação de qualquer pessoa. "A nossa expectativa é de que haja bastante improvisação e espontaneidade. Esperamos principalmente que as pessoas sintam prazer em estar em cena", destaca Adriano.

Ele ainda acrescenta que sem fronteiras delimitadas entre palco, platéia e bastidores, o evento será uma oportunidade para atores e espectadores trocarem de papéis: "a gente trabalha muito com a metalinguagem: faz teatro e mostra como ele é feito." Para a estudante de Teatro Lúcia Berndt, esse 'jogo' é a melhor parte do trabalho. "É quanto a gente fica completamente entregue à situação e acaba transformando o que está à volta em uma cena. Na hora sempre dá certo", diz ela, que incentiva pessoas "de fora das artes" a participarem do festival também.


Prestigie!

O quê: I Festival de Cenas Curtas
Quando: sexta-feira, dia 5, a partir das 22h
Onde: no Núcleo de Teatro da UFPel (Praça 7 de Julho, 180)
Quanto: R$ 2,00


Participe!
Inscreva a sua esquete até as 17h do dia da apresentação.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cidade Feliz


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Botando banca...

Pra quem ainda não sabe, ontem eu apresentei meu Trabalho de Conclusão de Curso e tirei 10! Agora estou muito "exibida-colorida"... Bom, finalmente... JORNALISTA!!!

Obrigada aos que me acompanharam até aqui, e vamos em frente!
Abraços, caros leitores!

O Zé e Tatu


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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quem dá mais pelo Museu da Baronesa?

Amanhã (2) é dia de dar lances para a aquisição de obras de arte e dia de contribuir com o Museu da Baronesa. A Associação de Amigos do Museu (Ambar) convida a comunidade para participar de um leilão de gravuras, pinturas, esculturas e desenhos. A renda será investida em projetos e em melhorias na estrutura do Parque e do Museu.

"Nós artistas temos a obrigação de fazer alguma coisa em prol da cultura da nossa cidade. Não é nenhum favor doar um quadro para ajudar essa causa", afirma Arlinda Nunes. "E a Baronesa é um museu pelo qual nós temos o maior carinho", arremata Madu Lopes. Os três fazem parte do grupo de 33 artistas que doaram obras e terão seus trabalhos leiloados durante o evento.

A artista Helena Ferreira destaca ainda um outro objetivo do leilão: "Este é um momento para se valorizar o trabalho artístico que é realizado aqui", lembra ela.

A partir das 19h será servido um coquetel enquanto os convidados poderão apreciar as obras à venda. Haverá sorteio de prêmios à cargo dos apoiadores. Após, será exibido um documentário produzido por alunos do Instituto de Artes e Design da UFPel sobre a obras e artistas envolvidos nesta iniciativa. O leilão deve começar por volta das 21h.

Ainda não foram estipulados os lances mínimos. Os organizadores pretendem que cada artista avalie sua obra, o que desencadeia um dos maiores dilemas da profissão, que só deve ser resolvido, mesmo, na última hora. "É sempre muito complicado colocar preço nos trabalhos. Essa é uma questão muito particular, mas é preciso considerar também o acabamento, a moldura, que são coisas que não saem barato", explica Giane Casaretto.

Para Helena Ferreira, é a trajetória, o espaço, o tempo e o público quem dirão quanto vale uma obra. "É preciso valorizar a identidade do artista. O público às vezes não sabe reconhecer isso porque está muito contaminado pela decoração de interiores", diz, interrompida por Madu Lopes: "Uma obra de arte não é apenas um objeto para preencher um espaço." Ela retoma: "Sim. Por isso o artista não pode perder a sua identidade para agradar ao público e 'estar na moda'", completa.

Para incentivar ainda mais a comunidade a adquirir os trabalhos, a organizadora Helena Ferreira salienta que o pagamento poderá ser parcelado. "Às vezes as pessoas compram gravuras (reproduções) de obras que saem mais ou tão caro quanto o original. É preciso deixar essa prática e ter uma obra de verdade", sugere.


Participe:

O quê:
Happy hour e Leilão de Artes em benefício do Museu da Baronesa
Quando: amanhã, às 19h
Onde: no Salão Nobre do antigo Jockey Club (rua 7 de Setembro, 151)
Quanto: os convites estão à venda na loja R2 e na Emilice Calçados, ao valor de R$ 20,00
Informações: pelo telefone 3222-2771


Quem assina as obras leiloadas:
Adrian Nornberg | Alex Sena | Alice Bender | Ana Holz | Arlinda Nunes | Aurys Abrantes | Clarice Magalhães | Conde | Cynthia Yurgel | Damé | Debora Mirenda | Elenise de Lamare | Giane Casaretto | Graça Antunes | Graça La Falce | Graça Marques | Gracia Calderón | Helena Badia | Helena Ferreira | Lauer | Lisarb Real | Madu Lopes | Maria Gurvitz | Maria Lucia Drummond | Nauri Saccol | Nina de Medeiros | Norma Alves | Pellegrin | Renata Martins | Roberto Bonini | Sandra Kuhn | Stela Terra | Vera Souto


Quem apóia

O leilão em benefício do Museu da Baronesa tem o apoio da Pampah Vidraçaria, Maria Alice Decoração e Design, Bollick Molduras e Emilice Calçados, e patrocínio de Casarão Imóveis, Loja Krause, O Boticário, Castro, Posto Baronesa, Vinícola Salton, Ótica Cristal e R2 Arquitetura e Interiores.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 1º de dezembro de 2008