sábado, 28 de fevereiro de 2009

Reportagem sobre IJSLN rende prêmio ao Diário Popular

Contar a história do museu que leva e divulga o nome de um contador de histórias encantou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e rendeu ao Diário Popular e à jornalista Bianca Zanella a Menção Honrosa do prêmio Mário Pedrosa – Museu, Memória e Mídia. A reportagem Onde a história acontece, pubicada no caderno Estilo no dia 2 de novembro do ano passado conta os encantos e a importância da casa que pertenceu ao escritor regionalista João Simões Lopes Neto e hoje abriga o Instituto que leva seu nome e que é uma verdadeira centro de cultura no coração de Pelotas.

A menção honrosa não estava no edital que instituiu o concurso; foi um prêmio a mais estabelecido de comum acordo entre os membros da comissão avaliadora, como uma forma de premiar um trabalho bem qualificado. O Prêmio Mário Pedrosa foi idealizado pelo IPHAN como forma de incentivar a publicação de trabalhos sobre museus e, nessa que foi sua primeira edição, a importância social desses espaços foi o foco, com o tema “Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento”.

Foi pensando nessa temática que Bianca trabalhou os aspectos de preservação e vivência da memória e incentivo cultural intenso que caracterizam o Instituto João Simões Lopes Neto. “O Henrique [Pires, presidente do IJSLN] abriu as portas do instituto e incentivou a participação no concurso”, conta a jornalista. E na forma de contar a história e a vida da casa do Capitão pode-se sentir o objetivo maior da competição promovida pelo IPHAN: fazer crescer o interesse pelos museus e por tudo que eles representam para a história cultural e a memória de um povo.

Participaram trabalhos de todo o País, publicados entre 1º de janeiro e 15 de novembro de 2008. O resultado, que deveria ter sido divulgado em 18 de dezembro, só foi publicado ontem, no Diário Oficial da União. Além da menção honrosa, outros três prêmios, previstos no edital, foram concedidos. Museu de todos, da jornalista Maria Olivia Mindêlo, publicada Jornal do Commercio, do Recife, ficou com o primeiro lugar. Na segunda e na terceira colocação foram premiados, respectivamente, A Casa é de Todos, de Jacqueline Batista (O Jornal, Maceió) e Memorial Resgata História da Mulher no Agreste de Alagoas, de Davi Barbosa Neto Salsa (Jornal Tribuna Independente, Arapiraca – AL).

A boa notícia do prêmio veio de surpresa. “Como faltava pouco mais de um mês para minha formatura quando a matéria foi publicada, O IPHAN afirmou que a participação não seria homologa”, explica a jornalista. Mesmo assim, o material foi enviado e a qualidade do texto e do conteúdo chamou a atenção do júri. Para o coordenador de redação do Diário Popular, Pablo Rodrigues, que editou e acompanhou a construção da reportagem, o prêmio confirma o potencial da matéria. “Eu sempre soube que tinha chance de ser premiada. É um baita tema e uma baita matéria”, elogia.

Recebida com festa no instituto, a menção honrosa concedida a Bianca será mais um motivo de celebração na programação que marcará os 144 anos do nascimento do escritor, programada pelo IJSLN para o dia 9 de março, data do aniversário do autor. O presidente do instituto, Henrique Pires, afirma que, entre as atividades que vão de manhã até a noite, uma homenagem à repórter será prestada. “No momento que uma jornalista do interior do Rio Grande do Sul ganha um prêmio desse porte, isso mostra que a atividade cultural realizada no interior pode competir de igual para igual com o resto do País. É muito merecido”.


Texto: Aline Reinhardt | Extraído de: Jornal Diário Popular / Contracapa | Publicado em: Pelotas, Sábado, 28 de fevereiro de 2009


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Texto de Francisco Vidal sobre o prêmio

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