segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quebraceira no Sete

A rotina dos músicos Lucian Krolow, Guilherme Ceron, Hamilton Pereira, Fernando Leitzke e Renato Popó é agitada. Lucian toca na banda do Exército e no grupo de Choro Reminiscências. Guilherme trabalha como compositor, arranjador e instrumentista para músicos nativistas e vive com uma agenda cheia de festivais. Hamilton tem uma escola de música. Fernando se apresenta como instrumentista em festivais, além de manter um projeto de Música Popular Brasileira com outros músicos na capital do Estado. Popó é um dos bateristas mais ecléticos da cena musical pelotense. Pode ser visto na companhia de diversas bandas que se apresentam na noite por aqui, de diversos estilos, do rock à música nativista.

Entre outros projetos paralelos, juntos eles são o Quebraceira, grupo instrumental que estará amanhã no Theatro Sete de Abril, em mais uma edição do projeto Sete ao Entardecer.

Se eles mal têm tempo de se reunir para ensaiar, como confessa logo de cara o baixista Guilherme Ceron, disponibilidade para posar para uma foto para o jornal então, nem se fala. A espontaneidade é a principal marca do grupo. “A Quebraceira é uma coisa muito natural, e é justamente isso que faz o grupo dar certo. A gente se junta pra tocar e pronto”, disparou o porta-voz do grupo em entrevista concedida ao Zoom, Guilherme Ceron, não muito à vontade ao ser fotografado sozinho.


O som que a Quebraceira tem

A proposta de trabalhar a música instrumental brasileira abre para o grupo um amplo leque de possibilidades. “A gente toca jazz, e jazz quer dizer pop, popular. O jazz brasileiro é uma forma de reunir um monte de coisas”, diz o músico ao citar alguns dos ritmos que entrarão no repertório deste show, como baião, samba, choro, chacarera e salsa. “É o que a gente toca quando se reúne”, conta ele.

Se no começo as principais influências foram compositores famosos como Tom Jobim e Hermeto Pascoal, com o passar do tempo a Quebraceira apostou na pesquisa de nomes menos conhecidos. No repertório de amanhã estarão composições de João Donato, Daniel Sá, Arismar do Espírito Santo, Guinha Ramirez e do Sardinha´s Club, além da música 18 de Maio feita pelo pelotense Possidônio Tavares como presente de aniversário ao flautista Lucian, e a música Ressalsa, composta por Lucian e Fernando em uma noite no Laranjal.

O nome enigmático – “Quebraceira” – foi inspirado em uma música de mesmo nome, de autoria de um grupo instrumental de Passo Fundo (terra natal de Ceron) chamado Doutor Cipó. Ela fazia parte de um CD de “demos” e acabou entrando para o repertório do quarteto, hoje um quinteto, logo nas primeiras apresentações. Com o tempo foi assimilando novos significados, que identificam o estilo da banda que gosta de “quebrar” padrões. “A gente volta e meia está inventando modinhas ritmicas”, diz o músico.

Criado em 2005, o Quebraceira estreiou no ano seguinte no palco do auditório do Instituto de Artes e Design na UFPel (IAD) com a formação de baixo, guitarra, flauta e bateria.

No início contava com com o baterista Vinícius Moura, que deixou o grupo em 2007 e foi substituído por Popó. O pianista Fernando Leitzke, depois de algumas participações especiais, acabou virando membro oficial. “O piano preencheu um espaço muito bom. Ele sustenta a música e deixa o baixo e o violão mais livres.”

Apesar de ser intrumental, Ceron não acredita que o som da Quebraceira imponha barreiras ao público leigo. “De forma alguma tentamos fazer uma música erudita. O erudito foca em um padrão enquanto a música popular é livre, é pessoal. Essa é a diferença e entre essas, nós fazemos música popular.”


Prestigie!

O quê: Quebraceira no Sete ao Entardecer
Quando: terça-feira (5) , às 18h30min
Onde: no Theatro Sete de Abril
Entrada franca


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 4 de maio de 2009

Um comentário:

Fabiano disse...

oi queria deixar uma sugestão
escute o trabalho deste pianista
www.rodrigoandreiuk.com
o cara é foda!
acho que vai gostar
valeu!