sábado, 28 de fevereiro de 2009

Reportagem sobre IJSLN rende prêmio ao Diário Popular

Contar a história do museu que leva e divulga o nome de um contador de histórias encantou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e rendeu ao Diário Popular e à jornalista Bianca Zanella a Menção Honrosa do prêmio Mário Pedrosa – Museu, Memória e Mídia. A reportagem Onde a história acontece, pubicada no caderno Estilo no dia 2 de novembro do ano passado conta os encantos e a importância da casa que pertenceu ao escritor regionalista João Simões Lopes Neto e hoje abriga o Instituto que leva seu nome e que é uma verdadeira centro de cultura no coração de Pelotas.

A menção honrosa não estava no edital que instituiu o concurso; foi um prêmio a mais estabelecido de comum acordo entre os membros da comissão avaliadora, como uma forma de premiar um trabalho bem qualificado. O Prêmio Mário Pedrosa foi idealizado pelo IPHAN como forma de incentivar a publicação de trabalhos sobre museus e, nessa que foi sua primeira edição, a importância social desses espaços foi o foco, com o tema “Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento”.

Foi pensando nessa temática que Bianca trabalhou os aspectos de preservação e vivência da memória e incentivo cultural intenso que caracterizam o Instituto João Simões Lopes Neto. “O Henrique [Pires, presidente do IJSLN] abriu as portas do instituto e incentivou a participação no concurso”, conta a jornalista. E na forma de contar a história e a vida da casa do Capitão pode-se sentir o objetivo maior da competição promovida pelo IPHAN: fazer crescer o interesse pelos museus e por tudo que eles representam para a história cultural e a memória de um povo.

Participaram trabalhos de todo o País, publicados entre 1º de janeiro e 15 de novembro de 2008. O resultado, que deveria ter sido divulgado em 18 de dezembro, só foi publicado ontem, no Diário Oficial da União. Além da menção honrosa, outros três prêmios, previstos no edital, foram concedidos. Museu de todos, da jornalista Maria Olivia Mindêlo, publicada Jornal do Commercio, do Recife, ficou com o primeiro lugar. Na segunda e na terceira colocação foram premiados, respectivamente, A Casa é de Todos, de Jacqueline Batista (O Jornal, Maceió) e Memorial Resgata História da Mulher no Agreste de Alagoas, de Davi Barbosa Neto Salsa (Jornal Tribuna Independente, Arapiraca – AL).

A boa notícia do prêmio veio de surpresa. “Como faltava pouco mais de um mês para minha formatura quando a matéria foi publicada, O IPHAN afirmou que a participação não seria homologa”, explica a jornalista. Mesmo assim, o material foi enviado e a qualidade do texto e do conteúdo chamou a atenção do júri. Para o coordenador de redação do Diário Popular, Pablo Rodrigues, que editou e acompanhou a construção da reportagem, o prêmio confirma o potencial da matéria. “Eu sempre soube que tinha chance de ser premiada. É um baita tema e uma baita matéria”, elogia.

Recebida com festa no instituto, a menção honrosa concedida a Bianca será mais um motivo de celebração na programação que marcará os 144 anos do nascimento do escritor, programada pelo IJSLN para o dia 9 de março, data do aniversário do autor. O presidente do instituto, Henrique Pires, afirma que, entre as atividades que vão de manhã até a noite, uma homenagem à repórter será prestada. “No momento que uma jornalista do interior do Rio Grande do Sul ganha um prêmio desse porte, isso mostra que a atividade cultural realizada no interior pode competir de igual para igual com o resto do País. É muito merecido”.


Texto: Aline Reinhardt | Extraído de: Jornal Diário Popular / Contracapa | Publicado em: Pelotas, Sábado, 28 de fevereiro de 2009


Leia também:
Texto de Francisco Vidal sobre o prêmio

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Skolacho


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Carneavale


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Um Carnaval de águas passadas

Os organizadores e representantes de entidades participantes do Carnaval de Rua de Pelotas bem que se esforçaram para retomar a folia na segunda-feira mas, apesar de nenhum novo imprevisto atrapalhar a festa, ficou claro desde o início da noite que as enxurradas do final de semana, além de provocarem danos à estrutura da passarela, foram responsáveis por esfriar o clima carnavalesco.

Os efeitos colaterais das chuvas eram sensíveis nas arquibancadas quase vazias no início do concurso oficial de bandas e na expressão dos foliões que assistiam ao desfile. Camarotes e arquibancadas pareciam alheios e apáticos diante do fuzuê que acontecia no meio do sambódromo durante boa parte do tempo. A plateia demorou a ser contagiada pela animação.

O próprio prefeito Fetter Júnior (PP) admitiu que as circunstâncias prejudicaram a folia: “Com todos os problemas que a cidade vem enfrentando esse não é realmente o melhor clima para se fazer festa. Eu mesmo ainda estou meio devagar por causa dos últimos dias. O que Pelotas vem enfrentando não é pouco!”, desabafou.

Sobre os problemas na estrutura, ele afirmou: “Fizemos o que foi possível para consertar o estrago em tempo hábil. Faltou o arremate, o visual da passarela não ficou com a qualidade que a gente queria. Mas os engenheiros asseguraram que não havia risco para o desfile, então deixamos a critério das entidades a decisão de desfilar ou não”.

O desafio de dar sequência ao Carnaval de Rua foi prontamente aceito pelos diretores das bandas, que tiveram a responsabilidade de recomeçar a festa e reanimar os foliões. “Estava todo mundo louco pra sair. A gente estava com tudo pronto, só aguardando a liberação”, falou entusiasmado Paulo Xavier, alegorista da banda Leocádia, segunda a entrar na passarela.

“A gente achava que nem ia sair desfile, por isso o pessoal se dispersou um pouco, mas tudo bem”, disse o folião Luiz Eduardo Guedes, que há mais de cinco anos vem de Porto Alegre com a família para pular o Carnaval com a Girafa da Cerquinha. “Está muito bom, mas podia estar melhor”, confirmou o integrante da banda que inaugurou a noite de desfiles e que começou com poucos minutos de atraso, por volta das 21h05min.

Com uma média de 400 componentes por entidade, oito bandas participaram do concurso este ano. Apesar do aparente desânimo, não se pode negar que houve picos de empolgação na passarela. Em número e entusiasmo, a presença dos foliões na plateia foi crescente até a metade do concurso e foi minguante durante a participação das últimas escolas até as 3h30min da madrugada, quando um público reduzidíssimo assistia à entrada da Lobos da Cerca, entidade que encerrou o concurso oficial de bandas.

Segundo a secretária de Projetos Especiais, Cláudia Ferreira, seis mil foliões estiveram nas arquibancadas, mesas e camarotes durante a noite. Um número que, garante ela, é superior ao público do concurso de bandas nos Carnavais anteriores. “Considerando que a confirmação de que haveria desfiles só foi divulgada no final da tarde e em virtude de todos os problemas que enfrentamos, a presença do público foi muito além da nossa expectativa.”


Problemas nos camarotes

Por causa dos danos à cobertura de 38 camarotes foi preciso redistribuir o público naqueles que não tiveram a estrutura abalada. “Por hora vamos remanejar as pessoas que estão aqui, mas até amanhã (terça-feira, quando ocorreram os desfiles das escolas de samba mirins) vamos ter uma solução definitiva”, garantiu a secretária.

No entanto, a segunda banda já estava na passarela e do lado de fora ainda havia foliões insatisfeitos procurando um bom lugar para assistir ao desfile. “A gente entende que a chuva tenha atrapalhado, mas a organização do Carnaval deveria se prevenir desses problemas. A gente paga um valor que não é barato e quando chega a hora tem que encarar essa situação”, reclamava Jane Miranda, insatisfeita por ter sido encaminhada para um camarote próximo à dispersão.


Presença ilustre

Um dos camarotes mais badalados, fotografados e visitados pela imprensa na noite da segunda-feira foi o ocupado pelo jogador Taison, destaque do campeonato Gaúcho com a camisa do Internacional. O pelotense de 21 anos, que revelou ser torcedor da escola de samba General Telles, aproveitou a folga para curtir o Carnaval com a família na terra natal.


O hit da vez

Unanimidade na passarela, a música Ciumenta, de César Menotti e Fabiano, foi o hit da vez no concurso de bandas esse ano. O pegajoso refrão - repetido pelas oito bandas que desfilaram - ficou na ponta da língua dos foliões e deve ficar “grudado” na cabeça de muitos ainda por um bom tempo.

Embaladas por essas e outras músicas populares, as bandas levaram ao sambódromo a alegria sob várias formas e temas. A Girafa da Cerquinha pintou de laranja e amarelo a avenida ao exibir sua simpática mascote. A Leocádia fez campanha pela doação de órgãos trazendo em seu carro alegórico a águia símbolo da entidade de asas abertas sobre um coração.

O apito da banda Meta foi mais uma vez símbolo da criatividade e inovação dos mestres de bateria, que empolgaram de vez o público presente com suas paradinhas e coreografias.

Depois veio a Ki Bandaço, com gueixas na comissão de frente sambando em passos miúdos, e refrões originais que levantaram o público dos camarotes e arquibancadas. A homenagem ao mundo oriental estava presente também em outros detalhes, como as lanternas do carro alegórico, os leques e os chapéus em forma de cone que reluziam sobre as cabeças dos ritmistas.

Com pom-pons multicoloridos e chapeuzinhos de aniversário, a Entre a Cruz e a Espada entrou na passarela cantando Parabéns a Você para comemorar seus dez anos, e lembrou no carro alegórico os temas que animaram a banda nos Carnavais passados.

A Dona da Noite abriu o desfile com o hino do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, mas a sua homenagem foi mesmo para um time áureo-cerúleo. E não era o Esporte Clube Pelotas. Apesar da semelhança do escudo, bem possível de ser confundido, a Dona da Noite lembrou os 75 anos do Osório Futebol Clube. As grandes bandeiras e sombrinhas, assim como os bonecos gigantes, marcaram o desfile da entidade.

Às 2h40 um enorme réptil em traje de gala entrou na passarela, marcando o início do desfile da banda Camaleão, penúltima a se apresentar no concurso. Para encerrar a madrugada, a empolgada bateria da Lobos da Cerca - a despeito do pouco público que ainda permanecia na Estação Férrea àquele horário - ainda chegou a empolgar os remanescentes foliões desfilando de cor-de-rosa e balançando seus grandes guarda-sóis.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Cidade / P. 4 | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A sofisticação da cor

Quem vê as criações de Francis Silva pode entender o significado da expressão “células de cor”, cunhada pela artista plástica para descrever a unidade básica de seu trabalho.

Em cada quadro, as pequenas manchas multicoloridas de tinta acrílica justapostas dão origem a formas disformes e distintas sobre o papel. A imperfeição dos contornos, a singularidade, faz pulsar o dinamismo das obras em cores vibrantes. Quase como se os corpos gerados pela cor fossem além da estática do papel, se reordenassem a cada instante diante dos olhos, reinventando as formas, como se dotados fossem de movimento.


Formada em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pós-graduada em Patrimônio Cultural pela mesma instituição, Francisca Silva - de nome artístico Francis - expõe pela terceira vez no Corredor Arte do Hospital Escola (UFPel/FAU) até o dia 4 de março.

Nascida na cidade de Santa Fé, em Rio Grande do Norte, a artista vive em Pelotas desde 1996 e é uma confessa apaixonada pela arte e pela cultura popular nordestinas. “Lá no Rio Grande do Norte a arte, a dança, o teatro sempre foram presentes no nosso meio. As artes, para mim, eram uma experiência silenciosa e individual”, relata a artista.

No currículo, além de diversas exposições individuais e participações em coletivas, consta a conquista mais recente: o prêmio na etapa regional do Salão Jovem Artista, promovido pelo grupo RBS em parceria com o Banrisul e o Governo do Estado.

A obra vencedora - Termogenia em Sul - é justamente o retrato das influências do meio sobre a atividade criativa. “Somos todos impregnados de uma memória celular e genética e de uma memória que registramos em nossas vivências. A temperatura é para mim uma grande influência. As cores do sul, do frio, do inverno são coisas com que convivo e que só me acrescentam. Até ajudam a me aquecer”, afirma ela, ainda que guarde na essência de suas expressões as imagens tropicais: as falésias características da paisagem litorânea, o céu, o mar, a seca e o calor fazem parte de um mosaico que ela reúne em formas inclassificáveis - nem abstratas nem figurativas - lembrando a tradição das areias coloridas.


Arte de cordel

“Nasci e cresci no meio de contadores de história. A partir dessas leituras de cordel tive acesso à arte, através dos gravuristas”, lembra Francis que, apaixonada pelas ilustrações das capas dos cordéis, resolveu incluir na exposição cinco obras de sua coleção de xilogravuras. A parte do acervo é assinada pelo aclamado gravurista João Borges, e também por seu irmão e filhos.


Representadas através da técnica de carimbos entalhados em madeira, as imagens ajudam a recontar fragmentos da cultura popular nordestina. Estão ali várias cenas da saga de Lampião e Maria Bonita e também dos típicos rituais do Bumba Meu Boi.

“Apesar de ser grande a minha produção, a maioria dos meus quadros é muito grande. Por isso para completar a mostra resolvi incluir essas obras, que são bastante representativas.”

Francis Silva tem uma exposição prevista para breve em Porto Alegre. Por isso, trabalha em ritmo acelerado na produção de obras inéditas. Quem quiser conhecer outras criações da artista pode encontrá-la de segunda a sexta-feira das 8h às 14h no ateliê do Instituto de Artes e Design da UFPel (IAD), na rua Alberto Rosa, 62.


Prestigie!

A exposição de obras de Francis Silva no Corredor Arte do Hospital Escola (UFPel/FAU) - na rua Professor Araújo, 538 - pode ser visitada até o dia 4 de março, diariamente das 8h às 22h.


Texto: Bianca Zanella | Fotos: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Tapete vermelho

Rota das formigas da Fenadoce será também o caminho dos amantes da “doce arte do cinema”.

Com quantos pequenos filmes se faz um grande festival? Os idealizadores do 1º Festival Nacional de Cinema de Pelotas - o Cine Grandes Curtas - estimam que cerca de 400 curtas-metragens em 19 dias de exibição sejam suficientes para criar um marco na história da produção audiovisual em solo pelotense.

A data já está marcada no calendário turístico: o festival será o principal evento paralelo à 17ª Fenadoce, que acontece de 3 a 21 de junho de 2009. “Acreditamos que a cidade tem porte para um evento como esse. Nós apresentamos a proposta e a CDL comprou a ideia”, diz José Mattos, presidente da Associação Pelotense do Cinema Independente (Cinepel), instituição organizadora do evento. “A intenção é agregar valor à Fenadoce, trazer uma atração a mais para a feira”, comenta o diretor artístico da Cinepel, Sérgio Bizarro, que acredita que o festival terá potencial tanto para atrair um público diferenciado, formado por cinéfilos, quanto para formar plateias entre o público que, em geral, já é frequentador assíduo da Fenadoce.

Em frente ao prédio anexo ao pavilhão principal do Centro de Eventos - com capacidade para 300 pessoas - será estendido o tapete vermelho. Sim, porque a festa promete ter um cenário com todo o glamour que envolve a Sétima Arte. “As pessoas gostam disso, faz parte do cinema”, diz Mattos, que apesar de apreciar o tema nostálgico que dará o tom ao festival desse ano joga uma pedra sobre a visão romântica que envolve as grandes telas. “Não dá pra fazer cinema sendo utópico. O cinema é uma arte, mas precisa ser uma arte vendável, economicamente viável. Em Pelotas ainda não se vê isso acontecer e a Cinepel vem justamente para se propor a ser a roda que vai mover esse moinho”, metaforiza. A expectativa é de que a primeira edição deste evento gere pelo menos 50 postos de trabalho diretos, entre técnicos de som e imagens, equipes de apoio e recepcionistas, mas ainda não há cálculo preciso de quanto o festival poderá representar para o município em termos econômicos. “Só o festival de Gramado movimenta R$ 4 milhões pela Lei Rouanet, sem contar a receita local que o evento gera”, compara Mattos, inspirado no evento da Serra Gaúcha e apostando que um festival de cinema pode ser um ótimo negócio também para a Região Sul. Ressalta, porém, que o evento pelotense não tem, ao menos por enquanto, apoio da Lei de Incentivo à Cultura.

A pompa comercial, no entanto, não será um obstáculo que tornará o evento menos popular: o acesso ao auditório de exibição dos curtas estará incluído no valor do ingresso da feira.

A abertura do festival será marcada pela exibição do longa português Casulo, do diretor Carlos Leitão da Silva, como prenúncio da segunda edição do festival em 2010, que passará de nacional para o status de internacional. “Neste primeiro ano o filme português será apenas exibido, mas no próximo certamente teremos produções internacionais participando da mostra competitiva”, garante Mattos apostando em uma trajetória ascendente do festival.

Todos os filmes inscritos, de acordo com o regulamento, serão exibidos e poderão ser premiados em 13 categorias decididas por júri técnico e júri popular. Os vencedores farão parte de um DVD que será distribuído nacionalmente, também com entrevistas, making off e bastidores do festival. A mídia, prometem os organizadores, vai levar de carona a divulgação das empresas apoiadoras.


Em fase de produção

De acordo com a produtora executiva, Rosana Quintian, a organização do evento está em fase de captação de recursos. “Já fechamos três patrocínios masters, sendo uma empresa do âmbito local, outra regional e outra nacional”, diz, sem adiantar os nomes dos apoiadores que só serão revelados no lançamento oficial do Cine Grandes Curtas, previsto para ocorrer em meados do mês de março.

Empresas interessadas em patrocinar o evento podem optar por três categorias de valores. A produção trabalha ainda no planejamento do calendário de workshops e nos contatos com “estrelas” de maior grandeza que deverão marcar presença por aqui para abrilhantar o festival.
Em apenas uma semana 80 títulos foram inscritos de várias partes do País como São Paulo, Minas Gerais e Bahia. “Além disso, vários contatos já foram feitos”, diz o diretor, satisfeito com a repercussão imediata.

As inscrições são gratuitas. Podem participar produções não necessariamente inéditas, profissionais ou amadoras, realizadas a partir do ano de 2006.


Pré-festival

A Cinepel pretende lançar em breve edital de concurso para escolha do modelo das estatuetas que serão entregues aos premiados do festival. “Queremos propor isso desde já à comunidade pelotense e ver as ideias que irão surgir a partir daí”, comenta Bizarro. Portanto, se você é artista plástico, pode ir procurando a inspiração e fique atento às notícias da organização do Cine Grandes Curtas.


Sobre a Cinepel

A Associação Pelotense do Cinema Independente (Cinepel) existe desde março de 2006. Conta com 13 diretores-fundadores de Pelotas e da região e já produziu cinco curtas-metragens e o longa Alta-ansiedade, disponível nas videolocadoras.

A Cinepel tem por objetivo se tornar um centro de referência audiovisual, servindo de banco de dados com foco na produção regional de cinema e vídeo disponível para realizadores, pesquisadores, empresas e profissionais da arte cinematográfica.

Durante o festival de curtas, a Cinepel pretende oportunizar o cadastramento para novos associados.


Fique ligado!

Mais informações sobre o 1º Festival Nacional de Cinema de Pelotas, regulamento e inscrições pelo telefone (53) 3228-9339 ou no site www.cinepel.com.br.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Terça e Quarta-feira, 24 e 25 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Som

Toda quarta-feira, das 21h às 22h30min, Gabi Lima comanda o programa Rapadura, na RádioCom. O programa divulga o som de bandas independentes nacionais e internacionais e pode ser ouvido ao vivo pela 104.5 FM ou na Internet (ao vivo ou em podcast) através do blog http://www.gabilima.com/rapadura.


Participe: Envie seu som em mp3 para o e-mail rapadurarock@gmail.com e coloque sua banda para tocar no programa.

Foto: Daniel Moreira

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Campanha


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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Aquarela


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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Como fugir do Carnaval?

Nada de fantasia, samba ou batucada. Acredite ou não, tem gente que quer distância da folia

JustificarDicas para (não) cair na folia

Essa história de que “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu” anda meio ultrapassada. Tem muita gente que se puder vai no sentido contrário ou pega um desvio para não cruzar com um alto-falante gigante tocador de axé music por aí. Gente que não vai ao sambódromo nem por convite expresso do próprio rei Momo ou da Ivete Sangalo e, para o espanto dos mais fanáticos foliões, está bem vivinho, sim senhor.

Eles não usam fantasias, mas têm muito em comum. Você também combina com esse perfil? Então venha fazer parte do bloco antifolia!


1) Pratique o ócio criativo

A psicóloga Lígia Monassa até que fez força para gostar de Carnaval, lá nos idos da mocidade. Pulou, brincou bastante. Mas aí, passada a euforia, resolveu que não precisava gostar de alguma coisa só porque a maioria das pessoas gosta.

Supercaseira, aos 55 anos ela quer mais é sossego para curtir a nova morada, onde vive há nove meses. Para isso, há um motivo especial: na casa nova ela realizou o sonho de montar seu próprio ateliê, refúgio onde se entrega ao hobby preferido: fazer arte. Sempre inventiva, Lígia pretendia aproveitar as férias para se dedicar à pintura. Mas as férias vieram e se foram e ela nem chegou perto dos pincéis. “Quando dá tempo sempre tem uma coisa ou outra que me tira desse foco. Às vezes as filhas, às vezes o neto”, fala com ternura.

Agora, com a chegada do feriado prolongado de Carnaval, ela está mais uma vez determinada a se debruçar sobre as telas. “Eu não espero inspiração, nem conheço muitas técnicas. Gosto de ir testando materiais para ver o efeito que dá”, diz a modesta e talentosa artista que se considera apenas uma pintora amadora.

Assim como Lígia, não é preciso esperar a inspiração chegar para colocar algum antigo projeto pessoal em prática. Ou, talvez, a inspiração esteja aí diante dos olhos: armários precisando de uma boa arrumação, prateleiras de livros e revistas ainda por serem lidos. Da videolocadora, quantos filmes você ainda não assistiu e quantos episódios da última temporada do seu seriado preferido ficaram para trás?

Mas, se ficar em casa não está nos seus planos também, o.k.. O Estilo ainda tem outras opções.


2) Viaje (mas para longe do Pelourinho e da Sapucaí!)

Há uma tendência nova começando a se desenhar no mercado de turismo: cada vez mais pessoas buscam viagens alternativas, fora dos destinos convencionais do período carnavalesco. Os roteiros mais procurados, afirma um agente de viagens, continuam sendo os tradicionais como Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro. Mas, há também roteiros especiais para o perfil de cliente que não pretende passar o feriadão ouvindo samba, frevo ou axé.

Então, vai um tango aí?

A artista plástica Cristina Ceia não pensa duas vezes em aceitar a proposta. Com viagem marcada para Buenos Aires, já faz algum tempo que ela e o marido optaram por trocar o agito dos bailes e da folia de rua por passeios onde, de preferência, nem lembrem do Carnaval - a não ser pelo fato de que é ele quem lhes garante os dias de folga prolongada. Ano passado foram para a praia de Torres e no retrasado a Montevidéu.

“Antigamente eu gostava, mas hoje acho que a festa é menos participativa, perdeu o objetivo. E tem também a questão da segurança. Sempre tem alguém disposto a acabar com a festa”, opina ela, para quem a fase de foliã já é página virada: “Foi bom, mas acabou. Eu gostava de Carnaval, mas hoje ele não me faz falta.”


O sossego, logo ali

O rei Momo tomou posse da chave da cidade para comandar a folia e há quem queira sair pela janela. Para esses Buenos Aires é a principal sugestão das agências de viagens em Pelotas (com saídas também de Rio Grande).

Os pacotes individuais para cinco dias custam em média R$ 700,00. A viagem inclui passeio pelos principais pontos turísticos da capital portenha como a Casa Rosada, o Plaza de Maio, a Catedral e o Bairro da Boca, além de jantar com show na tradicional casa de espetáculos Sr. Tango e noitadas em cassinos.

Outra sugestão é a capital alagoana, Maceió. Um pacote básico com saída de Porto Alegre custa em média R$ 1,6 mil por pessoa (sem contar as despesas adicionais da viagem). Não deixe de ver também as dicas para aproveitar a Serra gaúcha, na reportagem da página 3.


Informe-se

Para saber detalhes sobre os roteiros de viagem, consulte:
MS Turismo - Fone: 3028-4060
Voyage Turismo - Fone: 3225-1833
Cisplatur - Fone: 3225-5944


3) Medite

Osvaldo Andrade sempre gostou de Carnaval. Aliás, ainda gosta. Mas há dez anos resolveu trocar os bailes em clubes e a folia de rua por uma forma diferente de curtir. Trata-se do retiro conhecido como Rebanhão, que este ano chega a sua 15ª edição. Ele gosta tanto que hoje é um dos organizadores.

O evento é uma realização da Renovação Carismática Católica de Pelotas e reúne todos os anos uma média de 200 participantes de todas as idades na casa de retiros Cenáculo. Para atrair tanta gente, a programação é diversificada e inclui desde momentos de oração e oficinas até atividades desportivas e uma festa rave - a Cristoteca. Para crianças pequenas o Rebanhão Kids traz atrações especiais. O retiro começa na manhã de sábado (21) e só termina na tarde de terça-feira de Carnaval (24).

“Como todo jovem, é claro que eu gosto de festa! Só que eu opto por aproveitar o Carnaval seguindo os preceitos cristãos. Não se pode generalizar, dizer que todas as festas que acontecem fora do retiro são ruins. Mas aqui certamente eu corro menos risco de me envolver em alguma briga, não vou ouvir música de baixo calão e principalmente vou encontrar pessoas que estão buscando a mesma coisa que eu”, diz Oswaldo ao defender que a evangelização dos jovens deve acontecer de forma criativa e atrativa.

Fora do Cenáculo, mas não muito longe (a cerca de 30 quilômetros do cruzamento das BRs 392 e 116 em direção a Canguçu) outro grupo estará reunido com uma proposta carnavalesca bem diferenciada no feriado prolongado.

Trata-se do segundo Encontro de Espiritualidade Cósmica no Carnaval que acontece entre os dias 20 e 24 deste mês (de sexta a terça-feira) no Trilha Jardim Espaço Arte. Situado na região do Quilombo, na colônia de Pelotas, o lugar irá reunir buscadores espirituais para troca de experiências através de vivências, palestras, painéis e workshops. Além disso, a beleza do local e o contato com a natureza já fazem o feriadão valer a pena. Devido à proximidade, é possível pernoitar na cidade todos os dias, mas para quem gosta o Trilha Jardim é um ótimo lugar para acampar.

Mesmo em clima de muita tranquilidade, os participantes terão os dias cheios: a programação inclui várias práticas como mantras, biodança e bioterapia. Entre as palestras, ensinamentos sobre a mitologia indu, a espiritualidade indiana, a cultura xamânica, a aplicação do mel para a saúde, a utilização de florais e a herança espiritual inca. Serão oferecidas também oficinas de culinária vegetariana, filtro de sonhos e ecoarte. À noite, as rodas de viola ao pé do fogo crioulo são a atração e oportunidade para admirar o céu estrelado tal como só pode ser visto longe da artificialidade das luzes dos centros urbanos.

A alimentação será preparada pelos próprios participantes, divididos em grupos de trabalho conforme suas famílias terrestres (definidas através do Sincronário da Paz) correspondentes a cada dia.


Pontos de encontro

Quem quiser participar do Rebanhão deve fazer inscrição prévia na Livraria Santuário (rua 7 de Setembro, 145), na Livraria Santo de Casa (General Neto, 888), na Associação Meu Irmão (Doutor Cassiano, 711) ou na Academia Body Company (Gonçalves Chaves, 404). O custo por pessoa varia entre R$ 10,00 e R$ 35,00. Crianças pequenas não pagam. Mais informações pelos telefones 3227-0710 e 8135-7133.

Para participar do Encontro de Espiritualidade Cósmica no Carnaval do Trilha Jardim é preciso confirmar presença até o dia 20 e fazer depósito no valor da estadia correspondente ao número de dias que o participante irá permanecer no evento (R$ 20,00 por dia). As diárias incluem alimentação ovo-lácteo-vegetariana e estrutura de acampamento. Mais informações e detalhes da programação no site www.trilhajardim.com.br.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Estilo / Páginas Centrais | Publicado em: Pelotas, Domingo, 15 de fevereiro de 2009

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Uma noite para relembrar "aquela" época

Se você viveu a juventude nos anos 60 e 70, com certeza deve lembrar deles. Eles, os irmãos Velasco, eram a garantia dos agitos da noite pelotense e nomes recorrentes nos salões de bailes da região sul, assim como outros conjuntos como Os Santos e Os Lobos. Vai dizer que você não lembra? Se não lembra porque era muito pequeno na época ou nem era nascido, amanhã terá uma oportunidade única de ver o som que esses “tiozões” são capazes de fazer.

Sim, os tais “bons tempos” estão de volta, como anuncia o nome do show que marca o reencontro do grupo Os Velascos, nesta quarta-feira (11), no Bar e Champanharia João Gilberto. E grife-se: trata-se de uma apresentação histórica, mais de 31 anos depois que o conjunto subiu ao palco pela última vez com esse nome em um baile de debutantes do Clube Brilhante no distante setembro de 1977, se não falha a memória dos veteranos.

Depois, sem o irmão Jorge - que recém-formado foi morar em São Paulo - a banda ainda seguiu em nova formação por mais algum tempo com o nome de Água da Fonte.

Mas o grupo Os Velascos, mesmo, durou dez anos. “E que década!”, exclamam saudosos os que viveram intensamente no tempo da jovem guarda. Do que mais sentem saudade? Da música, claro. “A qualidade musical era muito superior”, afirma categoricamente Tony del Ponte - tecladista e companheiro de estrada dos irmãos fundadores do grupo.

Do tempo de banda, não escondem a saudade do glamour que a adolescência vivida nos palcos proporcionava. “Nós éramos uns garotões cheios de sonhos. Não tínhamos a menor pretensão de ganhar dinheiro com a música. A gente só queria saber de ser ‘artista’ e se exibir pras meninas”, lembra.
Quando começaram a tocar, de brincadeira, o caçula da banda - Darci - ainda era um guri com seus incompletos dez anos de idade. Os irmãos e seus amigos se reuniam para participar de festas na zona da várzea e do Fátima, em Pelotas, onde moravam. Faziam covers de grupos e cantores americanos, ingleses e italianos da época. Da cena nacional, incorporaram ao repertório alguns sambas e, claro, muitos tops das paradas de sucesso de bandas como The Originals, The Fevers, Golden Boys e Renato e seus Blue Caps.

E foi assim que o sucesso veio. Depois que o grupo se apresentou pela primeira vez no programa de calouros da Rádio Cultura começaram a chover convites para animar clubes e boates espalhando a fama dos Velascos para longe. Os shows se estenderam por várias cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Uruguai e Argentina.


O reencontro

Vestidos a caráter e cheios de energia Os Velascos estão ansiosos para voltar ao palco. Será apenas um show. Mas, quem garante que depois deste não virão outros? Jorge já se entusiasmou com a volta da rotina de ensaios e até comprou uma nova bateria.

O estúdio, bem mais equipado do que aquele dos ensaios de antigamente, é o ponto de encontro da família e convidados nas horas vagas. Afinal, a vida de cada um seguiu para além da música.

O saxofonista Luiz Carlos - mais velho dos irmãos, hoje com 61 anos - trabalha com sonorização e iluminação de espetáculos. Jorge, o bateirista, é psicólogo e psiquiatra. O vocalista e guitarrista Paulo é empresário e produtor cultural (inclusive é responsável pela produção deste show). Miguel é músico, costuma tocar na cena musical porto-alegrense. Darci, o mais novo, é o único que não estará no show pois não resistiu à gafieira e por causa de uma “palhinha” foi descoberto: hoje cumpre agenda com a banda Renato e seus Blue Caps no Rio de Janeiro, onde vive há quase 20 anos.

Sobem ao palco também os músicos e amigos Tony del Ponte (teclados e vocal), Sulivan Mello (guitarra) e Paulo Lima (baixo), todos antigos integrantes da banda.

Como convidados especiais participam Ottoni (baixo), Silnei Goris (vocal) e os jovens herdeiros musicais da família Milene e Rafael Velasco.

A apresentação de amanhã irá virar um DVD que, aliás, será o primeiro registro fonográfico da história d’Os Velascos. Se tudo der certo, diz o produtor Paulo, será encontrado posteriormente “nas melhores casas do ramo”, brincando com o jargão “das antigas”.

O show faz parte da programação especial de verão do Bar e Champanharia João Gilberto e é um tributo aos 42 anos da Jovem Guarda.


Não perca!

O quê: Tributo à Jovem Guarda com Os Velascos
Quando: amanhã (11), pós 23h30min
Onde: no Bar e Champanharia João Gilberto (rua Gonçalves Chaves, 430)
Quanto: ingressos antecipados a R$ 20,00 e mesa para quatro pessoas a R$ 80,00 à venda no local do show (sempre aberto de terça a sábado a partir das 15h)
Contato: outras informações e reservas de mesas pelos telefones 3026-2140 (no bar), 3278-4384 e 9165-1214 com a produção do show.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Página 4 | Publicado em: Pelotas, Terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Quarta Mix 11.2


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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os bons tempos voltaram


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Dança Indiana


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Pavão


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Antifolia

Você é daqueles que não suporta Carnaval? Prefere programas alternativos para aproveitar o feriadão? Tem alguma sugestão para quem, como você, quer escapar da folia?

Então escreva um e-mail para cadernos@diariopopular.com.br. Você poderá ser personagem de uma matéria do Jornal.

Série de Carnaval

O caderno Zoom, do Diário Popular, começou esta semana a série de reportagens sobre as escolas que irão desfilar este ano no Carnaval de Rua de Pelotas.

Hoje, seguindo o critério de classificação no ano passado, a Academia do Samba - atual campeã - vem abrindo alas para as outras 3 que participam do Grupo Especial. Amanhã será a General Telles, depois a Estação 1ª do Areal (na segunda-feira) e por último a Ramiro Barcellos, recém-chegada do grupo de acesso. Cada reportagem traz a informações sobre o enredo deste ano e quadros colecionáveis com a ficha técnica e a letra do samba de cada escola.

Nas páginas internas do Zoom os leitores conferem os preparativos das agremiações aspirantes a integrar o Grupo Especial.

A partir do dia 11 de fevereiro começa a série com as escolas do Carnaval de Rio Grande, e nas páginas internas as escolas de samba mirins que desfilam na Doce Folia pelotense.

Como vários repórteres trabalham na série, nem todas as matérias estarão publicadas neste blog, mas o trabalho completo da cobertura de Carnaval pode ser acompanhado nas páginas do DP, que já está no clima da festa popular...

Academia quer dar porre de alegria

Com o enredo Beber! Bebi, pra ti trago o que vi a escola quer embalar mais um Carnaval

Moderação. Essa é a palavra de ordem do momento na Academia do Samba, atual campeã do Carnaval pelotense. O tema - “moderar” - está no samba-enredo que a escola vai cantar na passarela - em um alerta sobre o consumo excessivo de bebida alcoólica - e também nos hábitos do presidente da escola que esbanja simpatia, mas é moderadíssimo ao falar sobre o desfile que a Cartola vai apresentar na Doce Folia este ano.

Gilberto Gomes, o Banha, desvia das perguntas e economiza detalhes nas respostas, mas diz que guardar segredo é “de praxe” e garante que o mistério que paira sobre o barracão da escola não é o principal trunfo da Academia. A escola só não modera, segundo ele, na disposição para fazer um belo desfile. “Eu não posso prometer muita coisa porque não sei se o barracão vai ter condições de cumprir. Além do mais, o elemento surpresa é fundamental, faz parte da estratégia. Mas o principal é a nossa intenção de fazer um ótimo Carnaval”, diz ele, enfatizando o adjetivo superlativo.

Sobre a experiência de desfilar sendo a portadora do título, 23 carnavais depois da última vez que a Cartola levantou o troféu de primeiro lugar - até o ano passado - Banha diz não sentir tanto o peso da responsabilidade. “O título fortalece a escola, nos ajudou a trazer de volta antigos componentes, aumenta a nossa autoestima. Mas a nossa vontade de fazer um desfile bonito é independente disso. O título é consequência.”

A Academia do Samba é considerada a escola mais antiga do Estado e ontem completou 60 anos de fundação - um motivo a mais para seus apaixonados integrantes quererem levar ao topo o pavilhão azul, branco e ouro.


Pega leve

Foi cantando o futebol - em homenagem ao centenário do Esporte Clube Pelotas - que a Academia do Samba foi campeã do grupo especial no ano passado e é falando de outra paixão nacional - a cerveja - que a Cartola espera arrebanhar o bicampeonato.

A fonte de inspiração é também fonte de recursos: a Academia aposta em uma forte parceria com a iniciativa privada para conseguir concretizar o desfile com a pompa que é esperada, pois colocar em prática o que os carnavalescos imaginam vai custar caro - cerca de R$ 75 mil. Verdade seja dita: com esse orçamento básico, o Carnaval torna-se inviável sem uma parceria sólida, que garanta o aporte financeiro.

E é assim que embalada pela cerveja como tema-enredo a Academia estampou na última estrofe do seu samba-enredo o slogan Pega leve. Qualquer referência à Nova Skin, patrocinadora oficial, não é mera coincidência.


Ficha técnica da Academia

Fundação: 3 de fevereiro de 1949
Componentes: 1,1 mil (número estimado)
Carros alegóricos: três
Alas: 14
Tema-enredo: Beber! Bebi, pra ti trago o que vi
Carnavalescos/Figurinistas: Bernardo Reis, Gilnei Fontella e Suende Lopes


Aprenda a cantar o samba-enredo
Autores: Chico Cabecinha, Wagner Lopes, Solon Silva e Jana Jorge
Intérprete: Wagner Lopes

Beber? Claro que bebi!
É festa de Momo
Pra ti trago o que vi!
Contos e histórias da bebida mundial,
Que hoje alegra o meu Carnaval!
Na Idade Média
Pela Suméria e Babilônia ela andou
Deus Ozires no Egito
Cansado do vinho, por ela se apaixonou
Cauim Tupinambá,
Nas Américas o índio já fazia
Salve a família real!
Trouxe a cerveja
Que hoje é musa nacional

Fermenta o grão e põe açúcar,
Coisa boa, coisa maluca
O malte que te faz arrepiar
Vai te conquistar, vai subir pra cuca

Cuidado...
Ela é adrenalina só,
Ser viciado é imprudência
No volante ela anda contramão
Minha bandeira... traz a consciência,
Vem mostrar que a cerveja é pura diversão
Gosta de churrasco, é companheira,
Grande parceira na solidão
Oh! Cerva minha! Na praia és rainha,
No agito do verão
Ei! Seu garçom! Me vê a saideira,
A noite é brejeira, por ela eu vou andar
E no teatro... um show monumental
Academia é raiz do samba
Aplausos na revista musical

Eu vou sambar, fazer zoeira
É cerveja a inspiração
Vou entrar nessa gelada
Pega leve, não dá nada
Bebo com moderação


Atenção foliões!

A Academia do Samba realiza ensaios às terças, às sextas-feiras e aos sábados, sempre a partir das 22h.

A quadra da escola fica na rua Dom Pedro II, ao lado do supermercado Guanabara.

Informações para quem quiser desfilar com a agremiação podem ser obtidas no local ou pelo telefone 8115-2886.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Classe artística mobilizada em ação solidária

O Teatro Escola de Pelotas promove, durante toda esta semana, ação solidária em benefício dos desabrigados vítimas da enchente ocorrida na semana passada.

Os atores do TEP, que estão mobilizados desde a última sexta-feira, estão recolhendo donativos junto à comunidade nesta terça, quinta e sexta. Sábado as personagens estarão durante toda a tarde na Praça Coronel Pedro Osório interagindo com o público e também recebendo doações - água, leite, biscoitos, roupas, brinquedos, roupas de cama, alimentos não perecíveis, etc.

O Teatro Escola conclama a classe artística e a comunidade em geral para se juntar à campanha. Interessados em participar devem entrar em contato com a direção do grupo, pelo telefone 8409-7551 ou por e-mail (teatroescoladepelotas@yahoo.com.br).

As doações também podem ser entregues na administração do Theatro Sete de Abril, na rua 15 de Novembro, 560, até sexta-feira, das 10hs às 14hs.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Uma ação contraditória

Recebo diariamente releases da Prefeitura aos montes. Pela quantidade e falta de critérios no envio, a maioria acaba indo direto para a lixeira ou eu passaria o dia inteiro selecionando. Um deles, no entanto, chamou minha atenção pelo assunto: saúde bucal na infância. Pensando em uma possível pauta para o caderno Viva Bem, do Diário Popular, abri.

É cômico: a Prefeitura está promovendo uma ação na praia para ensinar as crianças sobre prevenção de problemas bucais. O irônico é que, para atrair o público-alvo até a unidade de saúde onde será desenvolvido o projeto será feita DISTRIBUIÇÃO DE PIRULITOS. Isso mesmo! Dá para acreditar?

Vai entender a lógica de quem teve essa idéia "brilhante"... Dá para ver que a didática utilizada será baseada na prática. Deviam colocar uma faixa: "distribuição de cáries, AQUI"

Segue abaixo o release enviado pela Secom.

Crianças aprendem prevenção em saúde bucal

Quanto mais cedo as crianças aprendem a realizar corretamente a higiene bucal, menos chances terão de desenvolverem doenças como cárie, gengivite e periodontite. Partindo desse princípio a equipe do Departamento de Saúde Bucal da Prefeitura promove no próximo domingo (8), na Unidade Básica de Saúde do balneário dos Prazeres, atividades de prevenção em saúde oral para as crianças.

O escovódromo e as lições sobre os cuidados com os dentes começam às 14h e vão até às 18h. Para atrair a criançada para as atividades, o Programa Primeira Infância Melhor (PIM) estará presente durante todo o dia na UBS com atividades recreativas como pintura de rostos, distribuição de pirulitos e aulas de confecção de bichinhos com balões. O Posto do balneário dos Prazeres fica na Praça Aratiba, 12.

Cowboy fora da lei

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Sete ao Entardecer recomeça em março

Projeto tem inscrições abertas a partir de hoje (3)

A administração do Theatro Sete de Abril ainda ajusta os detalhes da programação do ano, mas já anunciou as atividades que deverão ser realizadas a partir de março: sem muitas novidades e apostando na continuidade do que já vinha dando certo.

Os projetos Sete ao Entardecer, Cena Literária e Sete Imagens estão confirmados no calendário, assim como o Encontro de Teatro, previsto para ocorrer em novembro.

O Sete ao Entardecer - carro-chefe da programação do teatro desde 2005 - está com as inscrições abertas a partir de hoje (3), até o dia 27 de fevereiro para músicos e grupos musicais interessados em se apresentar. A procura pelas fichas de inscrições, disponíveis na secretaria do teatro, começou desde a semana passada e a expectativa é de que, a exemplo dos anos anteriores, o projeto atinja a marca de cerca de 120 inscritos até o final do prazo.

Este ano, além da qualidade musical e do estilo de apresentação - que deve se adequar ao espaço do projeto - a comissão de pauta do teatro irá dar prioridade para a seleção de compositores locais. Os talentos que apresentarem trabalhos autorais deverão ocupar 50% da agenda mensal, enquanto músicos e grupos com apresentações covers ou que mesclarem covers e trabalhos autorais de convidados ficarão com a outra metade das datas disponíveis.

Segundo a diretora do Sete de Abril, Annie Fernandes, a comissão já buscava valorizar os trabalhos autorais nos anos anteriores, mas nesta edição o critério foi formalizado.

Apesar de estar aberto a apresentações com bailarinos, o projeto Sete ao Entardecer continuará com predomínio de atrações musicais. “Existem outros projetos que contemplam a dança e o teatro. No Sete ao Entardecer a dança poderá aparecer como acompanhamento”, diz Annie.

Nas inscrições é solicitada junto à ficha preenchida a apresentação de portfólio do músico ou do grupo musical e um DVD demo. “Pode ser até mesmo a gravação de um ensaio, desde que nos dê uma idéia clara do que os inscritos pretendem apresentar”, explica a diretora.

Ao todo serão realizadas 38 edições em 2009, de 50 minutos cada, sempre às terças-feiras a partir das 18h30min. A primeira delas está prevista para o dia 10 de março.

Em quatro anos, o Sete ao Entardecer já levou mais de 16 mil espectadores para a plateia e conseguiu reconquistar um público que há muito não frequentava o teatro regularmente.


Nada contra o rock

Com relação ao estilo musical Annie Fernandes garante que não há preconceitos em relação ao rock ou a qualquer outra modalidade musical, como alguns músicos já chegaram a afirmar. “Não há restrições de estilos. O que há é a necessidade de adequação da proposta ao espaço pretendido. O teatro é um espaço clássico, que não comporta certos tipos de apresentação que colocam em risco a segurança do público e do patrimônio”, esclarece, referindo-se a episódios em que a plateia foi instigada a subir nas poltronas para dançar ou chamada a se aproximar do fosso, onde crianças tinham o risco de cair.


Outros projetos

Assim como as terças, as últimas quartas-feiras de cada mês também têm atrações garantidas no Sete de Abril. Nestes dias o foyer continuará a ser movimentado pelas leituras dramáticas do Cena Literária, com oito edições previstas para ocorrer de abril a dezembro.

Nesta edição o projeto foi reformatado com três inovações. Agora só serão aceitas esquetes inéditas. No embalo da reforma ortográfica, ao invés de restringir as obras de origem das releituras cênicas à literatura nacional os autores poderão utilizar obras da Língua Portuguesa. O regulamento também incentiva produções independentes de atores e diretores, ampliando assim o leque de participações nas apresentações que antes era restrito a grupos de teatro e dança-teatro.

O período de inscrições para o Cena Literária começa no dia 19 de fevereiro e termina em 19 de março.

A comissão organizadora ainda não definiu se irá manter o formato do projeto Sete Imagens, que abre espaço para exibição de filmes de curta-metragem no teatro. A atração estreou em maio do ano passado e desde então vem conquistando apreciadores da Sétima Arte e incentivadores da produção cinematográfica local. A abertura de inscrições deve ser anunciada em breve.


Informe-se

Para saber mais sobre os projetos do Theatro Sete de Abril acesse www.teatrosetedeabril.com.br.

Fichas de inscrições estão disponíveis no site ou na própria administração do teatro, localizada na rua 15 de Novembro, 560. O telefone para contato é 3225-5777.

O horário de atendimento ao público no local é das 13h às 18h, nas segundas e das 8h30min às 13h30min de terça a sexta-feira.


Atenção músico, não esqueça!
O prazo para as inscrições no projeto Sete ao Entardecer termina no dia 27 de fevereiro.


Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Página 4 | Publicado em: Pelotas, Segunda e Terça-feira, 2 e 3 de fevereiro de 2009