Assentos quebrados, pernas sem encostos, encostos sem assento… Indispensável na maioria dos ambientes – e muitas vezes sem-graça -, a cadeira aparece com ares renovados na nova exposição do Mapp
Puxe uma cadeira e sente, porque começa neste sábado (18) a exposição que abre a temporada de atividades do Movimento dos Artistas Plásticos de Pelotas (Mapp) este ano. Em Dança das Cadeiras, um dos objetos mais essenciais de qualquer ambiente – a cadeira – ganha o centro da cena de uma forma descontraída.
Peças de descarte, heranças rejeitadas aos recantos menos nobres das casas de família ou, pior, deixadas de lado em galpões ou depósitos de bricks são a matéria prima da mostra.
Uma parceria com vendedores de móveis usados e o Mapp colocou à disposição dos artistas, a preços módicos, o que para olhos leigos talvez não passasse de um monte desordenado de quinquilharias. Para o olhar criativo, inspiração.
As cadeiras foram reformadas, customizadas, decoradas com diversas técnicas. Antiguidades ficaram modernas de novo. Depois da transformação, aquilo que não servia mais e que ninguém mais queria, virou outra vez objeto de desejo. Até alguns banquinhos entraram na dança.
Agora as cerca de 150 criações de mais de 40 artistas, arquitetos e decoradores estão novamente à venda, com um valor que chega a ser três vezes maior que o preço de custo – entre R$ 150 e R$ 200.
Satisfeito com o resultado do desafio lançado aos artistas, o idealizador da exposição, Roberto Peres, cuida dos últimos detalhes da preparação dos cenários que servirão de moldura para os destaques da mostra. “Cada um buscou imprimir seu estilo no objeto”, disse ele, que também é o criador de duas cadeiras.
É o caso de Nina Rosa, que trocou as telas pelo móvel, mas não abandonou sua linha de trabalho inspirada na fauna ameaçada de extinção. “Eu venho pintando animais há vários anos. Na tela é mais fácil por ser uma superfície plana, preparada para receber a pintura, mas gostei muito desse desafio. Esse trabalho valoriza um objeto simples”, disse ela enquando empunhava o pincel para os últimos retoques na cadeira da arara, que faz par com outra estampada de onça. Nenhuma das duas está à venda, pois fazem parte do acervo pessoal da artista.
A criatividade aparece em pequenos detalhes e se evidencia em completas recriações, como a cadeira de rodinhas idealizada por Ivani Knor que, de original, só tem os pés. Encosto e acento foram substituídos por discos de metal.
Em Dança das Cadeiras, porém, estética e conforto dançam no mesmo ritmo, seguindo a tendência utilitária da decoração contemporânea. “Não há conflito entre a arte e o conforto porque a ergometria das peças foi preservada”, destacou o organizador Roberto Peres.
Além das peças customizadas, lojistas participam da exposição como móveis novos. É só escolher a cadeira e ficar à vontade.
Prestigie!
O quê: exposição Dança das Cadeiras
Onde: no shopping Zona Norte (avenida Fernando Osório, 20)
Quando: inauguração neste sábado (18), das 9h às 19h. Visitação até o dia 30 de abril, de segunda a sexta-feira das 9h às 19h e no sábado (25) das 9h às 13h.
Entrada franca.
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 16 de abril de 2009
Puxe uma cadeira e sente, porque começa neste sábado (18) a exposição que abre a temporada de atividades do Movimento dos Artistas Plásticos de Pelotas (Mapp) este ano. Em Dança das Cadeiras, um dos objetos mais essenciais de qualquer ambiente – a cadeira – ganha o centro da cena de uma forma descontraída.
Peças de descarte, heranças rejeitadas aos recantos menos nobres das casas de família ou, pior, deixadas de lado em galpões ou depósitos de bricks são a matéria prima da mostra.
Uma parceria com vendedores de móveis usados e o Mapp colocou à disposição dos artistas, a preços módicos, o que para olhos leigos talvez não passasse de um monte desordenado de quinquilharias. Para o olhar criativo, inspiração.
As cadeiras foram reformadas, customizadas, decoradas com diversas técnicas. Antiguidades ficaram modernas de novo. Depois da transformação, aquilo que não servia mais e que ninguém mais queria, virou outra vez objeto de desejo. Até alguns banquinhos entraram na dança.
Agora as cerca de 150 criações de mais de 40 artistas, arquitetos e decoradores estão novamente à venda, com um valor que chega a ser três vezes maior que o preço de custo – entre R$ 150 e R$ 200.
Satisfeito com o resultado do desafio lançado aos artistas, o idealizador da exposição, Roberto Peres, cuida dos últimos detalhes da preparação dos cenários que servirão de moldura para os destaques da mostra. “Cada um buscou imprimir seu estilo no objeto”, disse ele, que também é o criador de duas cadeiras.
É o caso de Nina Rosa, que trocou as telas pelo móvel, mas não abandonou sua linha de trabalho inspirada na fauna ameaçada de extinção. “Eu venho pintando animais há vários anos. Na tela é mais fácil por ser uma superfície plana, preparada para receber a pintura, mas gostei muito desse desafio. Esse trabalho valoriza um objeto simples”, disse ela enquando empunhava o pincel para os últimos retoques na cadeira da arara, que faz par com outra estampada de onça. Nenhuma das duas está à venda, pois fazem parte do acervo pessoal da artista.
A criatividade aparece em pequenos detalhes e se evidencia em completas recriações, como a cadeira de rodinhas idealizada por Ivani Knor que, de original, só tem os pés. Encosto e acento foram substituídos por discos de metal.
Em Dança das Cadeiras, porém, estética e conforto dançam no mesmo ritmo, seguindo a tendência utilitária da decoração contemporânea. “Não há conflito entre a arte e o conforto porque a ergometria das peças foi preservada”, destacou o organizador Roberto Peres.
Além das peças customizadas, lojistas participam da exposição como móveis novos. É só escolher a cadeira e ficar à vontade.
Prestigie!
O quê: exposição Dança das Cadeiras
Onde: no shopping Zona Norte (avenida Fernando Osório, 20)
Quando: inauguração neste sábado (18), das 9h às 19h. Visitação até o dia 30 de abril, de segunda a sexta-feira das 9h às 19h e no sábado (25) das 9h às 13h.
Entrada franca.
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 16 de abril de 2009
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