Para quem tinha uma ideia na cabeça, mas faltava a câmera na mão, a oportunidade de realizar produções independentes pode estar mais perto. Deve começar a funcionar em maio o estúdio multimídia da Casa Brasil, no Comitê de Desenvolvimento do loteamento Dunas.
A unidade é uma das cinco instaladas no Rio Grande do Sul e faz parte do programa de inclusão digital do Governo Federal. Com uma verba de R$ 60 mil foram comprados equipamentos para gravação e edição de áudio e vídeo. “Pelo plano do Governo a aparelhagem básica que eles ofereciam tinha um perfil muito voltado para produções caseiras, meio amadoras. Mas a gente aqui conseguiu organizar os recursos para comprar equipamentos mais profissionais”, explica Herberto Peil Mereb, o Betinho, que coordena a ONG Amiz (de “Amizade”), instituição responsável pela gestão da Casa.
Foram adquiridas câmeras e mesas de som, além de computadores para edição, amplificadores, caixas de som e microfones. Parte dos recursos foi ainda investida na compra de novos livros para a biblioteca, que funciona desde novembro de 2006 no local, juntamente com um telecentro (para acesso à Internet) e um laboratório de pesquisa e observatório de segurança social. Todos os serviços são oferecidos à comunidade gratuitamente.
Um porém
O projeto do estúdio multimídia foi apresentado oficialmente no último sábado, em um evento no espaço cultural Casa do Joquim, no centro da cidade. “Não fizemos aqui mesmo, no Dunas, porque não temos banda de Internet suficiente para realizar teleconferências, e também porque queremos mostrar o que fazemos na Casa Brasil para toda a comunidade”, disse Betinho ao comentar a programação que incluiu apresentações musicais de artistas do Dunas e bate-papos on-line com personalidades ligadas à promoção de cultura que estavam fora de Pelotas.
Antes mesmo de estar com todos os equipamentos comprados, o estúdio começou a mostrar resultados servindo, experimentalmente, para a gravação de três músicas. Uma delas, intitulada Gramatematicamente, foi produzida com a gurizada que participava da oficina de música ministrada por Paulo Celente, no final do ano passado.
Segundo o coordenador, o estúdio só não está em plena atividade porque depende de um bolsista para orientar a operacionalização dos equipamentos e a vaga ainda não foi liberada pelo Governo Federal. Enquanto a “pendenga administrativa” não é resolvida, a própria ONG Amiz resolveu arcar com o custo dessa contratação. O músico Edu da Matta já está cotado para assumir o cargo e deve promover a partir do mês que vem reuniões com os interessados em utilizar o espaço para definir os planos de ação. “Resolvemos tocar ficha e não ficar esperando pelo governo”, explica o coordenador.
Paralelamente ao projeto do estúdio foi idealizada a implantação de uma oficina de rádio, na qual seria produzida uma programação local para a comunidade. No entanto, o Governo Federal não conseguiu a outorga para o funcionamento da estação de rádio comunitária. Mesmo assim, não foi descartada a hipótese de criação de uma web rádio para transmissões pela Internet.
Apesar de estar localizado no Dunas, o estúdio multimídia e os demais serviços da Casa Brasil estão à disposição de toda a comunidade pelotense.
“As ferramentas estão aí. Agora com o estúdio a gente vai ter condições de divulgar as produções de arte e cultura daqui, vamos dar a oportunidade para grupos mostrarem quem são e contarem a sua história e também para outras pessoas de fora apresentarem seus trabalhos aqui, porque a comunidade precisa se realimentar também e estar englobada”, destaca Betinho.
Serviço
Interessados em participar do projeto podem visitar a Casa Brasil, na avenida Um, 2.057, de segunda a sexta-feira das 8h às 18h. Mais informações pelo telefone 3228-7261 ou pelo e-mail amiz.ong@gmail.com.
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 27 de abril de 2009
A unidade é uma das cinco instaladas no Rio Grande do Sul e faz parte do programa de inclusão digital do Governo Federal. Com uma verba de R$ 60 mil foram comprados equipamentos para gravação e edição de áudio e vídeo. “Pelo plano do Governo a aparelhagem básica que eles ofereciam tinha um perfil muito voltado para produções caseiras, meio amadoras. Mas a gente aqui conseguiu organizar os recursos para comprar equipamentos mais profissionais”, explica Herberto Peil Mereb, o Betinho, que coordena a ONG Amiz (de “Amizade”), instituição responsável pela gestão da Casa.
Foram adquiridas câmeras e mesas de som, além de computadores para edição, amplificadores, caixas de som e microfones. Parte dos recursos foi ainda investida na compra de novos livros para a biblioteca, que funciona desde novembro de 2006 no local, juntamente com um telecentro (para acesso à Internet) e um laboratório de pesquisa e observatório de segurança social. Todos os serviços são oferecidos à comunidade gratuitamente.
Um porém
O projeto do estúdio multimídia foi apresentado oficialmente no último sábado, em um evento no espaço cultural Casa do Joquim, no centro da cidade. “Não fizemos aqui mesmo, no Dunas, porque não temos banda de Internet suficiente para realizar teleconferências, e também porque queremos mostrar o que fazemos na Casa Brasil para toda a comunidade”, disse Betinho ao comentar a programação que incluiu apresentações musicais de artistas do Dunas e bate-papos on-line com personalidades ligadas à promoção de cultura que estavam fora de Pelotas.
Antes mesmo de estar com todos os equipamentos comprados, o estúdio começou a mostrar resultados servindo, experimentalmente, para a gravação de três músicas. Uma delas, intitulada Gramatematicamente, foi produzida com a gurizada que participava da oficina de música ministrada por Paulo Celente, no final do ano passado.
Segundo o coordenador, o estúdio só não está em plena atividade porque depende de um bolsista para orientar a operacionalização dos equipamentos e a vaga ainda não foi liberada pelo Governo Federal. Enquanto a “pendenga administrativa” não é resolvida, a própria ONG Amiz resolveu arcar com o custo dessa contratação. O músico Edu da Matta já está cotado para assumir o cargo e deve promover a partir do mês que vem reuniões com os interessados em utilizar o espaço para definir os planos de ação. “Resolvemos tocar ficha e não ficar esperando pelo governo”, explica o coordenador.
Paralelamente ao projeto do estúdio foi idealizada a implantação de uma oficina de rádio, na qual seria produzida uma programação local para a comunidade. No entanto, o Governo Federal não conseguiu a outorga para o funcionamento da estação de rádio comunitária. Mesmo assim, não foi descartada a hipótese de criação de uma web rádio para transmissões pela Internet.
Apesar de estar localizado no Dunas, o estúdio multimídia e os demais serviços da Casa Brasil estão à disposição de toda a comunidade pelotense.
“As ferramentas estão aí. Agora com o estúdio a gente vai ter condições de divulgar as produções de arte e cultura daqui, vamos dar a oportunidade para grupos mostrarem quem são e contarem a sua história e também para outras pessoas de fora apresentarem seus trabalhos aqui, porque a comunidade precisa se realimentar também e estar englobada”, destaca Betinho.
Serviço
Interessados em participar do projeto podem visitar a Casa Brasil, na avenida Um, 2.057, de segunda a sexta-feira das 8h às 18h. Mais informações pelo telefone 3228-7261 ou pelo e-mail amiz.ong@gmail.com.
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Segunda-feira, 27 de abril de 2009
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