Com sabor de chimarrão cevado a capricho, o novo CD de Cristiano Quevedo tem na essência as tradições gaúchas e campeiras, marcadas pela personalidade da voz e da poesia que o intérprete e compositor carrega como identidade. Depois de Portugal, que teve um pré-lançamento do CD ainda no ano passado, os pelotenses serão os primeiros a conhecer este novo trabalho dedicado aos fãs e amigos, hoje à noite no Theatro Guarany.
A escolha por iniciar a turnê oficial de divulgação de Um Mate Novo por aqui diz muito sobre a trajetória do músico, que já acumula 15 anos na estrada. Afinal, na sua geografia, Pelotas aparece como um lugar de destaque por ser o lugar onde começou a escrever sua história profissional.
Radicado em Porto Alegre, ele não nega porém, seu orgulho em ser piratiniense, naturalidade constantemente reafirmada. Depois de cantar um verdadeiro hino à "primeira capital" do Rio Grande no CD anterior, neste ele entoa em ritmo de vanera um novo refrão de saudação e saudade, que assina ao lado de Elton Sandanha e Erlon Péricles: Piratini, Piratini / A capital farroupilha / Terra buena onde nasci / Piratini, Piratini / Eu sou um guerreiro a cavalo / Que não esqueci de ti.
O chamame especialmente dedicado à sua filha e "primeira prenda da casa", a "flor de menina" Maria Rosa, também se destaca entre outras canções que traduzem seu encantamento, respeito e adoração quando se refere à mulher gaúcha.
Participam do show e do CD os músicos Paulinho Goulart (acordeon), Érlon Péricles (baixo), Jucá de Leon (percussão), Renato "Popó" (bateria) e Felipe Barreto (violão). Cristiano ainda divide o palco com convidados especiais, seus amigos e músicos Erlon Péricles, Shana Muller e Ângelo Franco com quem forma o projeto “Buenas e M’Espalho”, quarteto que valoriza a integração entre músicos e vêm fazendo grande sucesso por onde passa.
Tema da Semana Farroupilha tem a voz de Cristiano Quevedo
Para o músico, que iniciou sua carreira nos festivais, esses palcos "são um verdadeiro laboratório porque oferecem uma boa estrutura para o artista e tem grande repercussão na mídia". Aliás, um de seus maiores sucessos e marco na sua discografia - Contraponto - saiu justamente de um festival, e de Pelotas, tendo vencido a 5ª edição do Círio - Canto Interuniversitário Rio-Grandense.
De festival em festival, Cristiano Quevedo canta mensagens de amor e orgulho das tradições gaúchas, mesclando sensibilidade, simplicidade, emoção e técnica sobre cada tema, a cada interpretação. O talento e a competência do músico, lhe renderam ano passado cinco prêmios, e em 2008, já venceu três dos quatro concursos que participou.
Foi premiado em nada menos que em dois dos festivais nativistas mais tradicionais do Estado: o Cante uma Canção, realizado durante o Rodeio Internacional de Vacaria e a Comparsa de Pinheiro Machado. De "lambuja", ainda arrebanhou o primeiro lugar como intérprete no festival que escolheu a música Orgulho de um Povo, com letra de Silvio Ayone Genro e música de Duca Duarte, como tema da Semana Farroupilha 2008.
Eu tenho orgulho das nossas rodas de Mate / E na paz que se reparte / Nesse gesto de oferenda! dizem alguns dos versos da canção que será a trilha sonora oficial do Estado no mês de setembro. Conforme a temática escolhida, a poesia valoriza os 10 símbolos oficiais do Rio Grande do Sul: a Bandeira, o Hino, as Armas, a planta Erva-mate, a ave Quero-Quero, a flor Brinco-de-princesa, o Cavalo Crioulo, a planta medicinal Macela, a bebida Chimarrão, e o Churrasco, como principal prato típico.
Música gaúcha sem fronteiras
"O Rio Grande do Sul absorve toda a cultura Latino-Americana. Por que não absorver também a bossa nova, o choro, o jazz...", questiona o músico, que costuma ouvir um repertório diversificado, com influências que vão de Djavan a Noel Guarani. "Não quero transformar a música nativista, só atualizá-la", diz ele que assegura que mesmo nos espaços mais conservadores, há lugar para ineditismos, desde que a expressividade seja autêntica. "Tem que haver verdade, a música precisa ser sincera".
"Essa audácia de buscar o novo sem pisar no rastro e reacender as brasas" é justamente o contraponto de manter sempre os pés no chão e o orgulho de cantar o que é nosso, que costuma agradar a "gregos e troianos" - gaúchos de todas as querências onde passa. Pois na peleia entre a Tchê Music e as vertentes mais conservadoras da música nativista, não toma partido. Sua ousadia musical é sensível e ponderada. Não se prende às amarras do tradicionalismo, nem choca quem aprecia essa linha musical com os arranjos e refrões pré-fabricados da música gaúcha que virou pop.
Prestigie!
O quê: Show de lançamento do CD Um Mate Novo, de Cristiano Quevedo
Quando: Nesta quinta-feira, 15 de maio, às 21h
Onde: No Theatro Guarany
Ingressos: Antecipados à venda no Posto Cidadão Capaz e na bilheteria do Theatro, à R$ 10,00. Estudantes e idosos têm direito a 50% de desconto
A escolha por iniciar a turnê oficial de divulgação de Um Mate Novo por aqui diz muito sobre a trajetória do músico, que já acumula 15 anos na estrada. Afinal, na sua geografia, Pelotas aparece como um lugar de destaque por ser o lugar onde começou a escrever sua história profissional.
Radicado em Porto Alegre, ele não nega porém, seu orgulho em ser piratiniense, naturalidade constantemente reafirmada. Depois de cantar um verdadeiro hino à "primeira capital" do Rio Grande no CD anterior, neste ele entoa em ritmo de vanera um novo refrão de saudação e saudade, que assina ao lado de Elton Sandanha e Erlon Péricles: Piratini, Piratini / A capital farroupilha / Terra buena onde nasci / Piratini, Piratini / Eu sou um guerreiro a cavalo / Que não esqueci de ti.
O chamame especialmente dedicado à sua filha e "primeira prenda da casa", a "flor de menina" Maria Rosa, também se destaca entre outras canções que traduzem seu encantamento, respeito e adoração quando se refere à mulher gaúcha.
Participam do show e do CD os músicos Paulinho Goulart (acordeon), Érlon Péricles (baixo), Jucá de Leon (percussão), Renato "Popó" (bateria) e Felipe Barreto (violão). Cristiano ainda divide o palco com convidados especiais, seus amigos e músicos Erlon Péricles, Shana Muller e Ângelo Franco com quem forma o projeto “Buenas e M’Espalho”, quarteto que valoriza a integração entre músicos e vêm fazendo grande sucesso por onde passa.
Tema da Semana Farroupilha tem a voz de Cristiano Quevedo
Para o músico, que iniciou sua carreira nos festivais, esses palcos "são um verdadeiro laboratório porque oferecem uma boa estrutura para o artista e tem grande repercussão na mídia". Aliás, um de seus maiores sucessos e marco na sua discografia - Contraponto - saiu justamente de um festival, e de Pelotas, tendo vencido a 5ª edição do Círio - Canto Interuniversitário Rio-Grandense.
De festival em festival, Cristiano Quevedo canta mensagens de amor e orgulho das tradições gaúchas, mesclando sensibilidade, simplicidade, emoção e técnica sobre cada tema, a cada interpretação. O talento e a competência do músico, lhe renderam ano passado cinco prêmios, e em 2008, já venceu três dos quatro concursos que participou.
Foi premiado em nada menos que em dois dos festivais nativistas mais tradicionais do Estado: o Cante uma Canção, realizado durante o Rodeio Internacional de Vacaria e a Comparsa de Pinheiro Machado. De "lambuja", ainda arrebanhou o primeiro lugar como intérprete no festival que escolheu a música Orgulho de um Povo, com letra de Silvio Ayone Genro e música de Duca Duarte, como tema da Semana Farroupilha 2008.
Eu tenho orgulho das nossas rodas de Mate / E na paz que se reparte / Nesse gesto de oferenda! dizem alguns dos versos da canção que será a trilha sonora oficial do Estado no mês de setembro. Conforme a temática escolhida, a poesia valoriza os 10 símbolos oficiais do Rio Grande do Sul: a Bandeira, o Hino, as Armas, a planta Erva-mate, a ave Quero-Quero, a flor Brinco-de-princesa, o Cavalo Crioulo, a planta medicinal Macela, a bebida Chimarrão, e o Churrasco, como principal prato típico.
Música gaúcha sem fronteiras
"O Rio Grande do Sul absorve toda a cultura Latino-Americana. Por que não absorver também a bossa nova, o choro, o jazz...", questiona o músico, que costuma ouvir um repertório diversificado, com influências que vão de Djavan a Noel Guarani. "Não quero transformar a música nativista, só atualizá-la", diz ele que assegura que mesmo nos espaços mais conservadores, há lugar para ineditismos, desde que a expressividade seja autêntica. "Tem que haver verdade, a música precisa ser sincera".
"Essa audácia de buscar o novo sem pisar no rastro e reacender as brasas" é justamente o contraponto de manter sempre os pés no chão e o orgulho de cantar o que é nosso, que costuma agradar a "gregos e troianos" - gaúchos de todas as querências onde passa. Pois na peleia entre a Tchê Music e as vertentes mais conservadoras da música nativista, não toma partido. Sua ousadia musical é sensível e ponderada. Não se prende às amarras do tradicionalismo, nem choca quem aprecia essa linha musical com os arranjos e refrões pré-fabricados da música gaúcha que virou pop.
Prestigie!
O quê: Show de lançamento do CD Um Mate Novo, de Cristiano Quevedo
Quando: Nesta quinta-feira, 15 de maio, às 21h
Onde: No Theatro Guarany
Ingressos: Antecipados à venda no Posto Cidadão Capaz e na bilheteria do Theatro, à R$ 10,00. Estudantes e idosos têm direito a 50% de desconto
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Quinta-feira, 15 de maio de 2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário