Hoje, a partir das 18h30min, Luciano Maia se apresenta no Theatro Sete de Abril. A entrada é franca.
Terça-feira que vem tem mais Sete ao Entardecer.
Terça-feira que vem tem mais Sete ao Entardecer.
Abre a gaita gaiteiro! Foi da voz de comando vinda do pai que um piazito de Pelotas se fez acordeonista e hoje, dia 17 de março, retorna à cidade para apresentar-se no palco do Theatro Sete de Abril. Luciano Maia cruzou o pampa, fincou garrão e por onde o sul o carregue, seu nome e seu talento ficam marcados.
O destino do guri, que preferiu dançar em invernada do que ser escoteiro, foi marcado aos nove anos quando foi apresentado à sua primeira gaita ou melhor, à de seu pai. Já com o seu instrumento próprio o jovem passou a frequentar festivais nativistas e aos 13 impressionava o público espalhando talento por onde passava. Autodidata, foi com o material do pai que o acordeonista aprimorou-se (prática que realiza até hoje). O jovem ainda contou com os ensinamentos da professora Amélia Cruz, a dama do bandônion.
A fama chamou a atenção de outro talento nativista. Joca Martins precisava de um gaiteiro para dar os acordes em seus shows. Pronto. Estava formada a parceria que projetou os músicos além das fronteiras do Rio Grande do Sul. Foi o intérprete que apresentou Maia aos discos do músico argentino Rualito Barbosa, que veio a ser sua mais importante influência musical. "Ouço os discos dele desde 1993 e somente 16 anos depois, durante um encontro em Corriente, eu o conheci", relatou. Outro encontro em São Luiz Gonzaga e Luciano Maia é convidado pelo músico a dividir o palco em Porto Alegre.
As influências e o tempo só deram a Maia a possibilidade de transformar canções em clássicos sem perder a qualidade. No palco, só ou acompanhado, é capaz de transmitir a mensagem da música pelas expressões. "Eu busco interpretar o que eu toco. É assim que me comunico com meu público", admitiu ao assumir que é tímido.
E o que ele toca é música de raiz. É o folclore. Milonga, chamamé, chacarera, polca e outro ritmos que ao longo dos festivais foram aguçando os ouvidos do instrumentista. A experiência faz com que Maia transite pelos ritmos dando toques especiais, como a improvisação. "É como o jazz. Temos a liberdade de expressar a nossa música", justificou.
Também produtor musical, compositor e arranjador Maia empresta seu talento a músicos de renome como Luiz Carlos Borges, Bebeto Alves, Gilberto Monteiro, Gaúcho da Fronteira, Luís Marenco, Lucio Yanel, Neto Fagundes, Elton Saldanha, César Oliveira e Rogério Melo.
Na concepção do jovem acordeonista de apenas 28 anos, a música instrumental é forte e muito bem conceituada no Brasil de muitas culturas. Tanto que Maia espera a confirmação de uma possível turnê pelo Brasil em que ele e o músico Alexandre Kremer são apresentados por nada menos que os mestres Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon e Renato Borguetti.
Um novo trabalho
Neste show Luciano Maia fará um apanhando da sua trajetória, passando por músicas como: Pra onde o sul nos carregue, Fincando o garrão e Cruzando a pampa tema que inspirou o nome do seu quarto CD de carreira e que lhe rendeu o prêmio Açorianos de Música como melhor disco regional do ano. No palco, os músicos João Marcos Negrinho Martins (violão) e Jucá de Leon (percussão) farão o acompanhamento. Para este semestre, o músico pretende lançar seu 5º CD com uma releitura de todas suas composições, antes de iniciar o projeto de um álbum com canções inéditas.
Um show especial
Há quase dez anos longe da terra natal, o show de hoje no Theatro Sete de Abril tem motivos especiais. Além de reunir a família e os amigos, a noite marca os dez anos do lançamento de seu 1º CD, Sonho novo, no mesmo palco que ele estará hoje. A noite ainda vai reservar homenagens a sua mulher Thais que espera o primeiro filho do casal.
Texto: Cíntia Piegas | Foto: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Terça-feira, 17 de março de 2009
O destino do guri, que preferiu dançar em invernada do que ser escoteiro, foi marcado aos nove anos quando foi apresentado à sua primeira gaita ou melhor, à de seu pai. Já com o seu instrumento próprio o jovem passou a frequentar festivais nativistas e aos 13 impressionava o público espalhando talento por onde passava. Autodidata, foi com o material do pai que o acordeonista aprimorou-se (prática que realiza até hoje). O jovem ainda contou com os ensinamentos da professora Amélia Cruz, a dama do bandônion.
A fama chamou a atenção de outro talento nativista. Joca Martins precisava de um gaiteiro para dar os acordes em seus shows. Pronto. Estava formada a parceria que projetou os músicos além das fronteiras do Rio Grande do Sul. Foi o intérprete que apresentou Maia aos discos do músico argentino Rualito Barbosa, que veio a ser sua mais importante influência musical. "Ouço os discos dele desde 1993 e somente 16 anos depois, durante um encontro em Corriente, eu o conheci", relatou. Outro encontro em São Luiz Gonzaga e Luciano Maia é convidado pelo músico a dividir o palco em Porto Alegre.
As influências e o tempo só deram a Maia a possibilidade de transformar canções em clássicos sem perder a qualidade. No palco, só ou acompanhado, é capaz de transmitir a mensagem da música pelas expressões. "Eu busco interpretar o que eu toco. É assim que me comunico com meu público", admitiu ao assumir que é tímido.
E o que ele toca é música de raiz. É o folclore. Milonga, chamamé, chacarera, polca e outro ritmos que ao longo dos festivais foram aguçando os ouvidos do instrumentista. A experiência faz com que Maia transite pelos ritmos dando toques especiais, como a improvisação. "É como o jazz. Temos a liberdade de expressar a nossa música", justificou.
Também produtor musical, compositor e arranjador Maia empresta seu talento a músicos de renome como Luiz Carlos Borges, Bebeto Alves, Gilberto Monteiro, Gaúcho da Fronteira, Luís Marenco, Lucio Yanel, Neto Fagundes, Elton Saldanha, César Oliveira e Rogério Melo.
Na concepção do jovem acordeonista de apenas 28 anos, a música instrumental é forte e muito bem conceituada no Brasil de muitas culturas. Tanto que Maia espera a confirmação de uma possível turnê pelo Brasil em que ele e o músico Alexandre Kremer são apresentados por nada menos que os mestres Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon e Renato Borguetti.
Um novo trabalho
Neste show Luciano Maia fará um apanhando da sua trajetória, passando por músicas como: Pra onde o sul nos carregue, Fincando o garrão e Cruzando a pampa tema que inspirou o nome do seu quarto CD de carreira e que lhe rendeu o prêmio Açorianos de Música como melhor disco regional do ano. No palco, os músicos João Marcos Negrinho Martins (violão) e Jucá de Leon (percussão) farão o acompanhamento. Para este semestre, o músico pretende lançar seu 5º CD com uma releitura de todas suas composições, antes de iniciar o projeto de um álbum com canções inéditas.
Um show especial
Há quase dez anos longe da terra natal, o show de hoje no Theatro Sete de Abril tem motivos especiais. Além de reunir a família e os amigos, a noite marca os dez anos do lançamento de seu 1º CD, Sonho novo, no mesmo palco que ele estará hoje. A noite ainda vai reservar homenagens a sua mulher Thais que espera o primeiro filho do casal.
Texto: Cíntia Piegas | Foto: Divulgação | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / Capa | Publicado em: Pelotas, Terça-feira, 17 de março de 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário