O estilo inconfundível do intérprete que revolucionou a música brasileira e conquistou o mundo será homenageado hoje (22) à noite na casa da Bossa Nova em Pelotas batizada com seu nome: João Gilberto.
Melodias sofisticadas, letras singelas, improvisos... e arranjos cheios de "manhas", ou melhor, de bossas. É com esse "jeito de fazer música" que o grupo pelotense Pausa e Notas fará um tributo a meio século de história da Bossa Nova, para o entusiasmado público apaixonado pelas boas e velhas canções ao melhor estilo "um banquinho e um violão".
Uma simplicidade que pode até parecer fácil, mas que exige do músico personalidade. "Depois que eu cantei Bossa Nova, sou capaz de cantar qualquer coisa", afirma a vocalista Cibele Sá, que interpreta canções imortalizadas por Tom Jobim, Vinicius de Morais, Nara Leão, Carlos Lira, Baden Powell e Roberto Menescal, entre outros.
Versátil e constantemente renovada, a Bossa Nova é para música como o jeans para a moda: uma peça única, atual independentemente da época e insubstituível. Assim, o estilo inventado por João Gilberto e companhia continua sendo sempre o mesmo, sempre diferente, 50 anos depois.
Se o movimento da Bossa Nova realmente acabou e deu lugar à nova MPB, como dizem alguns, suas influências permanecem vivas em novas e renovadas composições. "Basta ver o que fez Sérgio Mendes e os rappers do Black Eyed Peas", lembra o violonista Beto Porto, referindo-se à versão hip hop da canção Mas que nada, de Jorge Ben. "Se a música brasileira é como é, é por causa desses caras", fala o bateirista Jhabu Franco.
Tom é o cara
Assim como a Bossa Nova surgiu, foi por acaso que o contra-baixista Dagoberto Gracioli mudou de idéia, no auge da sua juventude roqueira, e descobriu que gostava de Bossa Nova. Ele, e muitos outros músicos daquela geração. "Um dia eu ia passando por uma rua lá em Porto Alegre e ouvi uns caras sentados no meio fio tocando violão, com uns arranjos meio 'tortos'", lembra o músico radicado em Pelotas, que na época vivia a onda da Jovem Guarda. "Eu ouvia Roberto Carlos e tirava tudo de ouvido, mas estava enjoado daquele mesmo 'dó-ré-mi', 'dó-sol-fá' de sempre e decidi que queria tocar aquilo também. Pra mim, Tom era o cara."
Quem é o Pausa e Notas
O grupo é formado por Beto Porto (violão), Dagoberto Gracioli (contra-baixo), Jhabu Franco (bateria) e Neco Eidelwein (sax alto e soprano). Na apresentação de hoje dividem o palco com a vocalista Cibele Sá e o tecladista Tony del Ponte, convidados especiais da noite.
Não perca:
O quê: show 50 anos da Bossa Nova - pra fazer feliz a quem se ama
Quando: hoje, às 21h30
Onde: no bar e champanharia João Gilberto
Quanto: antecipados a R$ 8,00 e na hora R$ 10,00
Contato: reservas de mesas pelos telefones 3025-4672 e 8403-0313
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / P. 7 | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 22 de oububro de 2008
Melodias sofisticadas, letras singelas, improvisos... e arranjos cheios de "manhas", ou melhor, de bossas. É com esse "jeito de fazer música" que o grupo pelotense Pausa e Notas fará um tributo a meio século de história da Bossa Nova, para o entusiasmado público apaixonado pelas boas e velhas canções ao melhor estilo "um banquinho e um violão".
Uma simplicidade que pode até parecer fácil, mas que exige do músico personalidade. "Depois que eu cantei Bossa Nova, sou capaz de cantar qualquer coisa", afirma a vocalista Cibele Sá, que interpreta canções imortalizadas por Tom Jobim, Vinicius de Morais, Nara Leão, Carlos Lira, Baden Powell e Roberto Menescal, entre outros.
Versátil e constantemente renovada, a Bossa Nova é para música como o jeans para a moda: uma peça única, atual independentemente da época e insubstituível. Assim, o estilo inventado por João Gilberto e companhia continua sendo sempre o mesmo, sempre diferente, 50 anos depois.
Se o movimento da Bossa Nova realmente acabou e deu lugar à nova MPB, como dizem alguns, suas influências permanecem vivas em novas e renovadas composições. "Basta ver o que fez Sérgio Mendes e os rappers do Black Eyed Peas", lembra o violonista Beto Porto, referindo-se à versão hip hop da canção Mas que nada, de Jorge Ben. "Se a música brasileira é como é, é por causa desses caras", fala o bateirista Jhabu Franco.
Tom é o cara
Assim como a Bossa Nova surgiu, foi por acaso que o contra-baixista Dagoberto Gracioli mudou de idéia, no auge da sua juventude roqueira, e descobriu que gostava de Bossa Nova. Ele, e muitos outros músicos daquela geração. "Um dia eu ia passando por uma rua lá em Porto Alegre e ouvi uns caras sentados no meio fio tocando violão, com uns arranjos meio 'tortos'", lembra o músico radicado em Pelotas, que na época vivia a onda da Jovem Guarda. "Eu ouvia Roberto Carlos e tirava tudo de ouvido, mas estava enjoado daquele mesmo 'dó-ré-mi', 'dó-sol-fá' de sempre e decidi que queria tocar aquilo também. Pra mim, Tom era o cara."
Quem é o Pausa e Notas
O grupo é formado por Beto Porto (violão), Dagoberto Gracioli (contra-baixo), Jhabu Franco (bateria) e Neco Eidelwein (sax alto e soprano). Na apresentação de hoje dividem o palco com a vocalista Cibele Sá e o tecladista Tony del Ponte, convidados especiais da noite.
Não perca:
O quê: show 50 anos da Bossa Nova - pra fazer feliz a quem se ama
Quando: hoje, às 21h30
Onde: no bar e champanharia João Gilberto
Quanto: antecipados a R$ 8,00 e na hora R$ 10,00
Contato: reservas de mesas pelos telefones 3025-4672 e 8403-0313
Texto: Bianca Zanella | Extraído de: Jornal Diário Popular / Caderno Zoom / P. 7 | Publicado em: Pelotas, Quarta-feira, 22 de oububro de 2008
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